Encontro discute acesso ao ensino superior

Abertura do Encontro de Universidades Públicas com Programas de Ações Afirmativas, promovido pela Secretaria Especial de Participação e Parceria, será no dia 9.

A Coordenadoria para Assuntos da População Negra (Cone), órgão da Secretaria Especial de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, promove no dia 9 de junho, no Edifício Matarazzo, às 20 horas, a sessão solene de abertura do Encontro de Universidades Públicas com Programas de Ações Afirmativas. O objetivo do evento é estabelecer um diálogo entre as universidades públicas e a sociedade civil, em especial os movimentos sociais, pesquisadores, estudantes universitários, pré-universitários e secundaristas, interessados na temática do acesso ao ensino superior.

As mesas temáticas do encontro para a apresentação e discussão dos Programas de Ações Afirmativas serão realizadas nos dias 10 e 11 de junho. no Auditório Elis Regina do Palácio das Convenções (SPTurismo).

O Encontro acontece após a recente mudança no texto da reforma universitária do Ministério da Educação, que na última segunda-feira, 30 de maio, retirou do documento inicial a obrigatoriedade de reserva de vagas para negros e estudantes do ensino público. Com a mudança, as universidades terão um prazo de 10 anos para alcançar a meta de 10% de alunos da rede pública.

Embora seja um órgão municipal, a Cone defende a ampliação do debate alusivo às cotas para afrodescendentes e população indígena no ensino superior. “Os estudos acadêmicos e o debate na mídia sobre esta questão vêm se multiplicando, tornando necessários encontros dessa natureza, destinados à exposição e discussão dos programas implementados e de seus resultados preliminares”, explica o coordenador Mário Luiz Cortes.

O estabelecimento de um coeficiente de representação entre a distribuição por cor dos concluintes do ensino superior e a distribuição por cor da população, aponta para a super-representação de amarelos 4,8% e de brancos 1,4% e uma sub-representação de negros 0,5% e pardos 0,4%, revelando a equidade como questão central da relação entre os grupos e escolaridade.

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