VAI continua transformando idéias em projetos culturais

O Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) tem se destacado como grande incentivador das expressões culturais de jovens de baixa renda que, até então, não tinham acesso a quaisquer recursos públicos.

Em março, a Secretaria de Finanças determinou um corte de 30% no orçamento geral da Secretaria de Cultura. Vários programas culturais ficariam comprometidos com o corte linear, principalmente o projeto VAI. Carlos Augusto Calil, em uma de suas primeiras ações como secretário municipal de Cultura, conseguiu, com a intervenção do prefeito José Serra, reverter parte desse processo.

Com isso, a verba destinada ao Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) ficou garantida integralmente. O VAI foi criado a partir de um projeto de lei na Câmara Municipal e também das discussões da Comissão de Juventude, que apontavam que o jovem fazia cultura na periferia sem nenhum apoio. Permeando essas discussões, estava o fato de que a cultura é extremamente importante e necessária para a formação da identidade do jovem. Montar uma banda, fazer grafite, criar uma sala de cinema, estrear uma peça de teatro, lançar um projeto de história oral são apenas algumas das expressões culturais que os jovens têm desenvolvido nas mais variadas regiões da cidade.

Sem acesso às leis de incentivo ou a quaisquer recursos públicos, “toda essa riqueza de expressões fica restrita aos próprios grupos, sem possibilidade de desenvolvimento, de troca com outras regiões, perdendo-se na metrópole, sem alternativas viáveis e ágeis para o fazer cultural”, complementa Maria do Rosário.

Entendendo as regras

O valor destinado a cada projeto é de até R$ 15 mil (corrigido pelo IPCA/IBGE). Dentro desse limite, a pessoa ou o grupo interessado deve encaminhar seu trabalho por escrito com a previsão de orçamento. Mas cabe à Comissão de Avaliação decidir quanto cada projeto selecionado receberá.

Logo na primeira edição do VAI, ocorreu um fato curioso e inesperado. Um grupo, no fim do projeto, devolveu R$ 200. “Isso só prova que essas pessoas valorizam ao máximo o dinheiro recebido e mostram que são capazes de gastá-lo com honestidade”, afirma Maria do Rosário. A Comissão de Avaliação é formada por oito membros, sendo quatro representantes indicados pela Secretaria de Cultura, e quatro pelo Conselho Municipal de Cultura. “O decreto que regulamentou a lei ampliou essa comissão e abriu a possibilidade de suplentes, já que o número de pessoas era insuficiente para analisar mais de 600 projetos (no caso da primeira edição) de graça e fora do horário de trabalho.”

A primeira edição contou com a inscrição de 645 projetos, sendo 65 contemplados. Neste ano, foram selecionados 71, dos 450 inscritos. “Houve uma queda na inscrição, talvez porque a divulgação não tenha chegado aos grupos espalhados por toda a cidade. Para a próxima edição, intensificaremos o trabalho na Coordenadoria da Juventude, da Prefeitura, e na Comissão de Juventude, da Câmara Municipal, que possuem cadastros de organizações juvenis.”

Vale ressaltar que o VAI é direcionado principalmente a jovens de baixa renda de regiões desprovidas de recursos. No entanto, a comissão poderá aprovar outros projetos que possam ser relevantes para as comunidades.

Clique no link abaixo e conheça alguns exemplos de projetos contemplados pelo programa.

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SERVIÇO:
Departamento de Ação Cultural Regionalizada
Coordenação do Programa VAI
Av. São João, 473, 6º andar.
(11) 3334-0001, ramal 1956

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