Cultura: veja alguns exemplos de projetos vencedores

Conheça um pouco sobre os projetos aprovados este ano pelo Programa para Valorização de Iniciativas Culturais (VAI).

Conheça um pouco sobre a história de algumas pessoas que, após serem contempladas pelo VAI, tiveram suas vidas mudadas. A história de Ângela, por exemplo, de apenas 18 anos, que quer, por meio das artes circenses, mostrar para as crianças que cultura não se restringe apenas ao que elas vêem na TV. Tem ainda a história de vida de Thiago, que deixou as drogas quando conheceu o movimento hip hop.

Hoje, oficineiro voluntário do CEU, tem mil projetos na cabeça para evitar que outros jovens tenham suas vidas destruídas pelo vício. Outro projeto que merece destaque é o de Vinícius, que, contemplado pela segunda vez, ampliará o Cineclube Lanterninha, levando- o também para outra biblioteca. E o projeto de Valdirene, que, ao utilizar o bordado de forma inusitada, faz com que os participantes desenvolvam um trabalho enriquecedor de autoconhecimento.

“Não sabia nada sobre hip hop. Foi após um estágio de um ano na Casa de Cultura da Penha que comecei a entender sobre esse movimento.” O envolvimento foi tão intenso que, hoje, a pedagoga Márcia de Oliveira Permanhani, 28 anos, organiza cursos de cultura hip hop para jovens da periferia da zona norte.

“Graças ao VAI, vamos fortalecer e ampliar a atuação do movimento na cidade”, explica. Composto por vários grupos de rap, o Hip de La Hop tem trabalhado incansavelmente na luta contra a exclusão social e cultural, e desigualdades sociais de gênero e raça. O projeto homônimo terá duração de quatro meses e envolverá oficinas de poesia e rima, MC, DJ, break, produção musical e de eventos. Ainda durante esse período, os participantes terão acesso a palestras e bate-papo com jovens e especialistas da área.

Márcia conta que ficou surpresa ao saber que o seu projeto estava entre os contemplados da segunda edição do VAI, porque, segundo ela, o projeto não estava bem escrito. “Como a gente não tinha experiência nem suporte para redigir o projeto, achei que poderíamos não ser entendidos”.

A coordenadora do VAI explica que, infelizmente, essa é uma dificuldade encontrada por muitos jovens e que acaba excluindo muita gente do Programa. “A Secretaria de Cultura poderia fazer uma parceria com a Coordenadoria da Juventude e com ONGs que trabalham com jovens, não no sentido de fazer o projeto para eles, mas, sim, capacitando-os para a elaboração do mesmo.”

Diferentemente do que Márcia pensou, seu projeto não só foi aceito, como ela alcançará seu principal objetivo, que consiste em fazer um trabalho de inclusão cultural e de cidadania ativa por meio da cultura hip hop, “em que os jovens passarão a conhecer seus direitos e a intervir na sociedade como agentes transformadores”.

Leia aqui todas essas histórias:

Respeitável público, o circo está chegando!
Santo Amaro: filmes nos moldes dos antigos cineclubes
Grajaú vai ter oficinas sobre cultura afro
“O hip hop mudou a minha vida”
Bordado: percepções internas

Clique aqui para ler outras notícias no portal da Prefeitura.