A UARS Jd. Ângela, na zona Sul, foi inaugurada no dia 21 de março, no prédio da antiga UBS do bairro, fechado desde 2003. A atual gestão retomou o espaço com um novo modelo de serviço, que atende casos agudos de urgência e emergência que não podem ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mas que não exigem atendimento de pronto-socorro hospitalar. “Tenho vindo mensalmente para ver como está o funcionamento. É uma unidade de saúde piloto que queremos implantar em 30 locais da cidade”, afirmou o prefeito.
A unidade atende prioritariamente pessoas com queixas agudas, de forma espontânea ou por meio de encaminhamento de médicos das UBS do Jardim Ângela e Jardim São Luís. Ricardo Fernandes, de 32 anos, já recorreu diversas vezes ao novo serviço, procurando atendimento para a filha Gisele, um bebê de 7 meses, e aprovou o serviço. “O atendimento daqui é nota 10”, disse Ricardo ao prefeito. O morador do Parque Bolonha, também da região de M’ Boi Mirim, conta que mesmo depois que a unidade fecha, às 19h, todos as pessoas que estão no local são atendidas. “Com a senha, os funcionários ficam e atendem todo mundo”, explica.
A UARS Jardim Ângela é a primeira unidade da rede básica municipal a funcionar de segunda a segunda, das 7h às 19h, e é gerenciada em parceria com o Cejam (Centro de Estudos Professor João Amorim), entidade que já tem convênio com a Prefeitura no Programa de Saúde da Família (PSF) na região do M’ Boi Mirim. O custo médio do serviço é de R$ 250 mil ao mês.
A unidade conta com clínicos gerais, pediatras, socorristas e dentistas, e oferece diariamente exames de diagnóstico, como Raio-X e eletrocardiograma, e exames laboratoriais de urgência relativa (hemograma, TS-TC, glicemia e urina I). É importante destacar que a unidade não faz atendimento psiquiátrico.
Segundo a diretora da UARS, Elizabeth Braga, os casos mais freqüentes têm sido de pediatria - principalmente de crianças com crises respiratórias. “Acompanhamos um aumento também de casos de acidentes por queda de bicicleta, moto ou de lajes, que são encaminhados muitas vezes por policiais e guardas civis”, explica a médica.
O equipamento possui um serviço de triagem de risco, para detectar a gravidade dos casos e dar o encaminhamento correto. A ordem de atendimento na UARS é por critério de risco, e não de chegada. Os casos que precisam de atendimento mais complexo são encaminhados ao Pronto-Socorro do Hospital Campo Limpo, que está preparado para atender imediatamente os pacientes da unidade, sem necessidade de nova triagem. A remoção é feita pela ambulância disponível exclusivamente à UARS.
A Secretaria Municipal de Saúde estuda locais na cidade, como unidades básicas de saúde que tenham espaço disponível, onde serviços de atendimento nos moldes da UARS - mas com estruturas menos complexas -possam ser implantados. O serviço, em parceria com o governo do Estado, estará disponível em duas UBS na região da Capela do Socorro, também na zona Sul, já no próximo mês. As unidades são Jardim Campinas e Jardim Caraí, que passarão a contar com sala de Raio-X e Sala de Observação e médicos cirurgiões, além de mais clínicos e pediatras.
“Nossa idéia é desafogar os hospitais - porque muitas pessoas vão até eles sem necessidade direta - e ao mesmo tempo, corrigir as deficiências das unidades básicas de saúde”, observou Serra.
Novo destino
As obras de reforma do prédio onde foi implantada a UARS Jardim Ângela começaram em agosto de 2003 e foram totalmente paralisadas em 2004. A nova Administração retomou a reforma do espaço e a compra de equipamentos, aplicando cerca de 40% de todos os recursos necessários para a concretização do serviço. O custo total de reforma e aquisição de equipamentos foi de R$ 575 mil.
Reunião em Brasília - Após a visita, o prefeito José Serra disse que esteve reunido esta manhã com o ministro da Saúde, Humberto Costa, para tratar de diversas questões relativas à área no município de São Paulo, dentre as quais um socorro imediato da esfera federal ao Hospital Santa Marcelina. “Estou muito preocupado com a situação do Santa Marcelina. Temos que fazer uma operação para salva-lo, em nome da população da zona Leste de São Paulo”, destacou.
Serra propôs que a dívida de aproximadamente R$ 50 milhões da entidade seja refinanciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para o prefeito, o buraco operacional de cerca de R$ 2 milhões que o hospital enfrenta todo mês deveria ser coberto também pelo Ministério, em conjunto com a Prefeitura e o governo estadual de São Paulo.
Em Brasília, José Serra tratou ainda da liberação de recursos previstos por emendas propostas pela bancada de São Paulo ao orçamento da União, para ações como a construção dos hospitais de M’ boi Mirim e de Cidade Tiradentes. De acordo com o prefeito, o ministro se mostrou comprometido em liberar o quanto antes pelo menos a emenda referente a R$ 3 milhões.
Serviço
UARS Jardim Ângela
Endereço: Estrada Guavirituba, 49 - Jardim Ângela
Funcionamento: todos os dias, das 7h às 19h
Clique aqui para ler outras notícias no portal da Prefeitura.