Avenida Paulista vai ser revitalizada, diz Prefeitura

Prefeitura está negociando parceria com empresários que têm negócios instalados na avenida para viabilizar o projeto de revitalização, orçado em R$ 5 milhões, em conjunto também com a Associação Paulista Viva. Nos próximos dois meses deve estar finalizada a vistoria nos Totens.

A Prefeitura de São Paulo em parceria com a iniciativa privada irá reverter o quadro degradado da Avenida Paulista, cartão-postal da cidade. “Vamos remodelar a Paulista tal como era no começo, em vários aspectos: os totens, as calçadas, os quiosques, e o mobiliário urbano”, afirmou o prefeito José Serra, durante visita à avenida, nesta sexta-feira (24/06).

Serra visitou o local acompanhado do secretário André Matarazzo, subprefeito da Sé, e do arquiteto João Carlos Cauduro, autor do projeto de sinalização e mobiliário urbano implantado na Paulista em 1974. As obras devem começar até o final do ano.

A Prefeitura está negociando parceria com empresários que têm negócios instalados na avenida para viabilizar o projeto de revitalização, orçado em R$ 5 milhões, em conjunto também com a Associação Paulista Viva.

“A Paulista tem que ser recuperada, até porque é muito simbólica, considerada a via mais popular de São Paulo, a que tem mais prestígio entre os paulistanos. É uma questão da auto-estima da cidade”, destacou Serra.

Na esquina com a rua Augusta, o prefeito vistoriou o totem - um daqueles postes pretos de pouco mais de 7 metros de altura - que, na semana passada, teve uma de suas placas desprendida, atingindo um pedestre. Os postes têm sido alvo de criminosos, que roubam as placas de aço para venda.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), atualmente responsável pela manutenção desses equipamentos, explica que nova reforma dos totens está prevista. O processo deve levar cerca de dois meses.

Depois da aquisição do material - em processo de licitação, as placas de aço são cortadas e pintadas uma a uma, em um processo quase artesanal feito na oficina de sinalização da própria CET. Por enquanto, como forma de precaução, algumas placas - que estavam visualmente ameaçadas - foram removidas dos postes por técnicos da companhia.

Informação e abrigos

O projeto de recuperação apresentado pela Cauduro Martino Arquitetos Associados à atual gestão propõe a retomada dos 190 abrigos de ponto de ônibus implantados em 1974 ao longo da avenida, com um total de 2.800 m2 de área e de 1.500 bancos para os usuários do transporte coletivo.

“A ex-prefeita Luiza Erundina destruiu todo o projeto. Esses abrigos que estão hoje na avenida só bloqueiam a calçada”, criticou o arquiteto João Carlos Cauduro. Quanto aos totens, Cauduro pretende repor as 200 unidades que foram removidas nos últimos anos.

Segundo ele, sobraram apenas 140 desses postes, que foram criados com o intuito de centralizar múltiplas informações. O totem original continha cesto de lixo, nome e numeração da via (na altura de 2,30m), sinalização de trânsito para motoristas e pedestres (aproximadamente na altura de 3,80m) e placas de orientação sobre trajetos (até a altura de 7,2m). Nada comparado aos postes depredados encontrados hoje por quem caminha na avenida.

“A paulista nunca foi tão poluída, tão desorganizada e desestruturada quanto é hoje. Esse estado é resultado do descaso e da falta de critério dos órgãos públicos nos últimos anos”, ressaltou o arquiteto.

Cauduro disse que o novo projeto inclui sinalização específica para indicação de todos os hospitais da região, uma proposta antiga da CET. “São uns postes azuis, que têm um destaque muito grande, para ajudar as pessoas a encontrarem os hospitais rapidamente. Tem gente que morre na Paulista procurando um”, explicou.

O piso das calçadas da Paulista ainda é ponto de divergência de opinião. “A melhor saída é termos um debate para chegarmos a uma conclusão”, sinalizou o prefeito José Serra.

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