Prefeitura desativa as duas primeiras "escolas de lata"

O prefeito José Serra acompanhou os alunos das escolas Edgar Carone e Recanto dos Humildes às sedes definitivas, em alvenaria, construídas para substituir as "escolas de latinha".

Com algumas marretadas nas paredes, o prefeito José Serra colocou fim ao período em que os alunos das escolas municipais Edgar Carone e Recanto dos Humildes, em Perus, Zona Norte, passaram estudando em precárias escolas de lata e de madeirite.

As novas sedes das escolas, em alvenaria, foram inauguradas pelo prefeito e pelo secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti, nesta quinta-feira (30/06). O prefeito foi recebido pelos grupos de fanfarra em ambas as escolas, ao som de Asa Branca e Happy Day. Serra visitou os laboratórios de informática, cozinhas, quadras e as salas de aula das escolas. As duas são as primeiras escolas de alvenaria construídas pela atual gestão para substituir as “escolas de lata” criadas pelo ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000). Eram, no total, 61 escolas, sendo que 11 delas foram desativadas pela administração anterior. A Prefeitura retomou neste ano as obras em 47 das escolas restantes e deve entregá-las até o início do ano letivo de 2006.

Os 738 alunos da EMEF Edgar Carone passaram quatro anos estudando em construções de lata e de madeirite. As duas estruturas prejudicam as condições de ensino. “Na de lata a gente tinha de parar a aula em dia de chuva, porque ninguém escutava nada”, conta a diretora da escola, Libânia Zélia dos Santos Oliveira. “Na de madeirite tinha uns fungos que provocaram problemas de saúde em alunos e professores”. A mesma situação se repetia na EMEF Recanto dos Humildes, que tem cerca de 800 alunos.

“Vocês viram as escolas provisórias como são quentes por dentro. Agora os alunos estão vindo para estas (de alvenaria) decentes, modestas mas bem arrumadas”, afirmou o prefeito.

O prefeito relembrou seus tempos de professor ministrando alguns minutos de aula para as crianças. Na aula de português, o tema foi futebol. Para a 1a série do ensino fundamental, o “professor” escreveu “Viva o Palmeras” na lousa, sem o i, e pediu que os alunos corrigissem o erro. A experiência de hoje agradou ao prefeito, que afirmou ter planos de dar uma aula por semana a partir de agosto. “Para motivar as crianças e os professores, vou ajudar a encaminhar uma matéria, mostrar a necessidade de aprender a ler, a fazer contas ”, justificou.

Antes de deixar a Recanto dos Humildes, segunda escola a ser inaugurada, o prefeito aproveitou para provar a merenda: arroz, feijão, frango e maionese. O almoço é oferecido aos três turnos da escola e é uma novidade, já que na sede de madeirite não havia cozinha e eram servidos apenas lanches.

Nos dois casos a Secretaria de Educação retomou as obras, que haviam sido suspensas entre agosto e setembro de 2004, após denúncias do Ministério Público. Os custos orçados pela administração anterior foram reduzidos em 48,5 % no caso da Edgar Carone e em 19,8% na Recanto dos Humildes. No primeiro caso, o custo previsto era de R$ 1.629.117,30 ou R$ 1.027,45/m2. A atual administração pagou R$ 528,93/m2. Na Recanto dos Humildes o valor do metro quadrado caiu de R$ 1.102,49 para R$ 883,65.

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