Hospital de Campo Limpo será reformado e ampliado até o final do ano

Prefeitura e a Sociedade Beneficente Albert Einstein assinaram um convênio para a reformulação do Hospital na Zona Sul.

O maior hospital da região Sul da cidade, com 1.500 funcionários e 1.200 atendimentor dia - o Hospital Municipal “Dr Fernando Mauro Pires”, do Campo Limpo - será reformado e ampliado graças a uma doação de R$ 8 milhões da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein.

O prefeito José Serra e o presidente da entidade, Cláudio Luiz Lottenberg, assinaram, nesta quarta-feira (6), termo de convênio para a intervenção, que será realizada em etapas para não comprometer o funcionamento do hospital.

“Esta unidade do Campo Limpo, que ainda se encontra em situação precária, é fundamental para a população da zona Sul e da cidade. Com esse investimento do Hospital Albert Einstein e com outros que a Prefeitura está fazendo em várias regiões, vamos melhorar o problema de acesso ao atendimento de saúde em São Paulo”, disse o prefeito José Serra. “Quando estiver tudo pronto, ele vai funcionar como um hospital de primeira classe”, acrescentou.

As obras no Hospital do Campo Limpo, que começam em agosto e devem terminar em dezembro deste ano, vão remodelar as unidades funcionais de emergência, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o centro cirúrgico, ampliando essas áreas em 60 leitos (divididos em UTI, observação de adultos, e pediatria) e em 10 boxes para atendimentos de emergência. “A ampliação dos serviços também será muito importante para a população que utiliza a unidade. Mais 20 leitos de UTI constituem um número expressivo, mais do que na maioria dos hospitais”, comentou Serra.

“Nesse momento em que o Hospital Albert Einstein completa 50 anos, o melhor presente que podemos dar para São Paulo é uma realização como esta, que respeita a saúde e pode fazer a diferença no dia-a-dia das pessoas que vivem nessa cidade”, observou o presidente da instituição e ex-secretário de Saúde da Prefeitura, Cláudio Lottenberg. “Estamos trazendo para o Hospital do Campo Limpo recursos muito parecidos com os que temos dentro do Einstein”, destacou Lottenberg.

Referência para a saúde pública na cidade, o Hospital Municipal “Dr Fernando Mauro Pires”, fundado em 1990, atende a moradores da região Sul da capital e de municípios vizinhos, como Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra e Taboão da Serra. A unidade, com 30 mil m2 de área, possui aparelhos de tomografia computadorizada, mamógrafo, ultra-som e raio-X, além de serviço de banco de leite para os recém-nascidos, principalmente os prematuros da UTI Neonatal.

A parceria com o Hospital Albert Einstein também prevê treinamento dos funcionários com o objetivo de proporcionar um atendimento humanizado e acolhedor para os cerca de 24 mil pacientes-mês, além de melhorar as condições das cirurgias e partos realizados no Hospital, aproximadamente 800 a cada mês. “Reformas e equipamentos são muito importantes, mas nada substitui a ação das pessoas. Os médicos e funcionários são as peças fundamentais nesse trabalho da Saúde”, ressaltou o prefeito José Serra.

Saúde na capital

Os distritos das subprefeituras de Campo Limpo e de M’Boi Mirim, com uma população de mais de 1 milhão de habitantes, contam com 56 equipamentos de saúde, dentre os quais 46 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma Unidade de Apoio e Retaguarda em Saúde (UARS), esta última inaugurada pelo prefeito José Serra em março deste ano.

Das 46 UBS, 7 estão em reforma (Paraisópolis, Vila Praia, Jardim Souza, Chácara Santana, Jardim Alfredo, Jardim São Luiz e Vila das Belezas), a um custo médio de R$ 150 mil cada. A UARS do Jardim Ângela, que atende prioritariamente pacientes em casos simples de emergência e urgência, é a primeira da rede básica da Prefeitura a funcionar de segunda a segunda, das 7h às 19 horas.

Em quatro meses de funcionamento, a UARS já atende cerca de 12 mil pessoas ao mês. Durante o evento no Hospital do Campo Limpo, o prefeito José Serra lembrou que o modelo implantado no Jardim Ângela será ampliado pela cidade. “Faremos várias unidades de pronto-atendimento em todas as regiões, para desafogar a porta de entrada dos hospitais. Um problema que temos hoje é que muita gente vai para um hospital sem precisar, porque não tem para onde ir na hora”, explicou Serra.

Outra ação importante da Administração Serra na área e que beneficiará, a partir de 2007, os habitantes da zona sul, foi o início, em abri,l da obra do Hospital do M’ Boi Mirim, em parceria com o governo do Estado de São Paulo.