Prefeitura substitui política assistencialista por empreendorismo

A assinatura da parceria para a formação de um programa voltado à formação de Arranjos Produtivos Sociais será feita nesta sexta-feira (29/07), na unidade de atendimento CEAT, na Zona Leste.

Visando dar novos rumos às políticas de reinserção social, a Prefeitura de São Paulo por intermédio das secretarias do Trabalho (Smtrab) e de Assistência Social (Smads), une forças com o Ceat/Ibratec (Centro de Apoio ao Trabalhador e Instituto Brasileiro de Trabalho e Educação Cristã) para a formação de um programa voltado à formação de Arranjos Produtivos Sociais (APS).

A assinatura da parceria será nesta sexta-feira (29/07), na unidade de atendimento CEAT, na zona leste. Estarão presentes o prefeito de São Paulo e representantes do Ceat/Ibratec.

A idéia é gerar ações de trabalho locais baseadas na vocação dos trabalhadores participantes do programa. Para isso, será feito inicialmente um levantamento das oportunidades de negócios existentes na região. O projeto denominado “Arranjo Produtivo Social” pretende levar uma visão empreendedora às ONGs conveniadas à Smads das regiões de Itaquera, Guaianases, São Miguel, Itaim Paulista, Jaçanã, Vila Maria e na Oficina Boracea, no centro da cidade. No Boracea, por exemplo, onde as cinco ONGs conveniadas já oferecem cursos de capacitação nas áreas de beleza, elétrica, construção civil, pintura, cerca de 120 pessoas terão o trabalho fortalecido com a nova parceria.

A metodologia empreendedora, ainda em implantação, será aplicada pela Ceat/Ibratec por meio de parceiros como Sebrae, Senai, Sesi e Universidade São Paulo (USP). Inicialmente, os dirigentes das ONGs passarão por um treinamento com funcionários da Ceat/Ibratec. Neste primeiro contato serão apresentadas as estratégias para abertura de novos negócios e a formação das APS. Mediante os resultados do levantamento, será escolhida uma área de atuação a ser trabalhada. A idéia é que todo este processo – de capacitação das ONGs e mapeamento econômico– seja feito em seis meses.

A expectativa é que a primeira APS comece a funcionar a partir de janeiro de 2006. A idéia é unir até cinco ONGs dentro de um Arranjo Produtivo Social que será estruturado nas dependências de uma das entidades que possuir o maior espaço físico.

Para ajudar os trabalhadores a se tornarem microempresários, a Secretaria do Trabalho fornecerá um microcrédito de até R$ 5.000,00. O empréstimo, no entanto, será concedido apenas a quem estiver envolvido em um APS. O público alvo do programa são mulheres, chefes de família, de baixa renda e escolaridade.

Com a assinatura do convênio entre a prefeitura e a Ceat/Ibratec, estima-se que sejam formados em dois anos nove APS nas regiões norte, sul, leste e centro de São Paulo. Terminada a fase de implementação do projeto, começarão a ser formados agentes multiplicadores para a criação de mais arranjos.