Ronda escolar: o trabalho da GCM para proteger as crianças

A ronda da Guarda Civil Metropolitana, que recebe nesta terça-feira (02/08) 81 novos carros, realiza nas escolas paulistanas um trabalho de prevenção e orientação, em vez de repressão e enfrentamento.

Primeiro dia de aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Edgar Cavalheiro após o recesso escolar. Tudo calmo. Poucos alunos ocupam o pátio e as salas de aula. Apesar da tranqüilidade nas dependências e no entorno da escola, uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) faz a vistoria da área externa.

Depois, pára em frente ao portão da unidade. “Não importa o fluxo de alunos presentes”, explica o Classe Distinta – cargo equivalente a sargento - Adigilson Quirino, responsável pela ronda escolar na região da Penha, zona Leste, “quando se iniciam as aulas, começa também o nosso trabalho de ronda”.

Para reforçar esse trabalho, a Prefeitura entrega, nesta terça-feira (02/08), 81 novas viaturas destinadas às rondas escolares. São carros modelo Corsa, 4 portas, à gasolina, 4 cilindros, motor 1.6, totalmente equipadas com sinalização acústica e equipamento de rádio comunicação, preparado para ser inserido, futuramente, em um sistema de comunicação integrado com o da Polícia Militar.

Os veículos foram adquiridos com recursos oriundos de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça. Com isso, a GCM passa a contar com 347 carros em sua frota. A cerimônia para entrega das viaturas será às 10h00, no Vale do Anhangabaú, embaixo do Viaduto do Chá, região central da cidade.

Segundo o guarda civil Robson Peres de Araújo, parceiro de Quirino na ronda, o trabalho é importante, sobretudo, para lidar com ocorrências relacionadas a brigas de namorados, de colegas de classe, consumo de bebidas alcoólicas por menores e confusões provocadas por jovens não matriculados na unidade escolar. Geralmente, diz ele, não são registrados maiores problemas. Mas afirma: “se não estivéssemos aqui, teria confusão na certa”. Ele conta que, há alguns anos atrás, uma escola ficou sem policiamento por quase uma semana, por falta de viaturas da GCM, o que levou ao aumento de brigas dentro e fora dos portões da escola.

Outro aspecto importante, apontado por Quirino, é que o trabalho realizado pela GCM nas escolas não é de repressão e enfrentamento, e sim de prevenção e orientação. “Não estamos caçando criminosos, estamos prevenindo ações que possam levá-los a criminalidade”.

Vai nessa direção uma das primeiras lições que os guardas civis metropolitanos recebem ainda no curso de formação, constantemente repetida por eles: promover o policiamento preventivo para conservar os equipamentos públicos, o bem-estar social da população e, assim, combater a violência e a criminalidade. Dentro do Programa de Proteção Cidadã, da Coordenadoria de Segurança Urbana do município, que visa levar tranqüilidade e segurança a alunos, professores e funcionários das unidades municipais de ensino, torna-se um princípio fundamental.

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