Prefeitura e Assembléia Legislativa formam parceria para treinamento profissional de jovens carentes

Ao todo serão treinadas 155 pessoas por semestre nos empreendimentos que terão a mesma característica do Restaurante-Escola São Paulo da Câmara.

De um lado, a Assembléia Legislativa de São Paulo, que ganha novas instalações; do outro, jovens carentes de São Paulo, que ganham uma nova perspectiva de vida. Esse é o objetivo do Termo de Compromisso assinado pelo prefeito de São Paulo e o presidente da Assembléia, Rodrigo Garcia, nesta quarta-feira, dia 03.

Uma lanchonete, um café, uma padaria e um novo restaurante com características de escola profissionalizante passarão a funcionar na Assembléia, nos mesmos moldes do Restaurante-Escola São Paulo, da Câmara dos Vereadores.

Jovens com renda per capita de meio salário mínimo, ou renda familiar de até três salários mínimos, entre 17 e 29 anos, poderão participar do programa. Os cursos, com duração de seis meses, poderão acolher 20 alunos no café, 60 na lanchonete, 15 na padaria e 60 no restaurante.

O prefeito disse que, nas ruas, o que mais ouve da população é pedido de emprego, depois saúde e educação: “emprego é a demanda número 1, mas isso depende da política macro-econômica. Porém, é indiscutível que no nível municipal nós podemos ajudar por meio de pequenas e múltiplas iniciativas como essa”.

Ele classificou a ação de “um acordo bastante significativo, que pode estimular a multiplicação de experiências como essa”.

A Secretaria Municipal do Trabalho financia as bolsas no valor mensal de R$ 180,00 por aluno, enquanto a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Assembléia Legislativa pagam dois terços do custo do projeto, R$ 35 mil por mês.

A terceira parte virá com as vendas do cardápio. Até o final do ano, a lanchonete e o café existentes no local serão adaptados para receber os alunos. Junto à lanchonete será implantada uma padaria, também escola.

“Esse é um trabalho promocional porque essa garotada tem condição de aumentar bastante o seu nível de renda. O secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social está dizendo que 70% saem do restaurante-escola com emprego. Não é um trabalho de pura assistência compensatória”, disse o prefeito.

O Restaurante-Escola São Paulo funciona no 1o subsolo da Câmara Municipal e já está formando a terceira turma de alunos, são 60 jovens de 17 a 21 anos por semestre. Restaurantes como o japonês Nakombi, o francês Ça-Va, a pizzaria O Pedal Pizza por Metro e o Brasileirinho, do Mercado Municipal, já contrataram alunos do restaurante-escola.

Nos próximos dias a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social vai realizar audiência pública para escolher quais as organizações não-governamentais que irão assumir a gerência dos estabelecimentos - escola.