Projeto mobiliza voluntários para melhorar áreas de risco em M'Boi Mirim

Iniciativa da Subprefeitura M'Boi Mirim propõe intervenção urbana em áreas irregulares através do suporte e ensinamento de noções em arquitetura e engenharia para moradores.

O projeto “Arquiteto e Engenheiro Comunitário”, desenvolvido pela Subprefeitura M’Boi Mirim, pretende melhorar as condições estruturais de moradias de áreas de risco da região – através do ensino de noções básicas de construção a moradores voluntários.

O projeto deve ser implementado dentro de dois meses em dois bairros da subprefeitura – com a participação de 15 a 20 voluntários por bairro.

Os moradores interessados em receber a formação terão encontros durante aproximadamente um mês com engenheiros e arquitetos designados pela Prefeitura. Durante as reuniões, os voluntários receberão as instruções de melhoria habitacional e, em uma segunda etapa do projeto, serão multiplicadores do que aprenderam.

O objetivo é conscientizar e estimular a comunidade, mostrando a importância das transformações nas áreas irregulares para fins de melhoria da qualidade de vida.

Áreas de risco

Segundo estudo realizado pela subprefeitura, o M´Boi Mirim apresenta atualmente 34 áreas de risco, 270 favelas, com o agravante de 70% da região estar em área de proteção ambiental e próxima à Bacia do Guarapiranga. Os distritos que compõem a região – Jardins Ângela e São Luís – apresentam baixos índices de desenvolvimento humano (IDH), com 0,402 e 0,441 respectivamente, se comparado a Pinheiros, que apresenta o dobro: 0,833.

Para implantação do projeto, levou-se em conta 10 pólos mapeados, que apresentam alto grau de vulnerabilidade, segundo o Índice de Vulnerabilidade Social do SEADE, totalizando 280 mil habitantes.

Soluções

Para estas regiões, o projeto apresenta soluções conjuntas, com informações urbanísticas diagnosticadas por vistorias técnicas. Segundo o Coordenador de Planejamento Urbano (CPDU) da Subprefeitura, arquiteto Antonio da Costa Filho, os moradores serão orientados em relação aos documentos relacionados à propriedade de imóveis e regularização de estabelecimentos comercias. ”A iniciativa tem caráter educativo e fiscalizatório no planejamento urbano local corrigindo o problema de desordenamento no planejamento urbano, que gera péssimas condições de moradia despreocupadas com saneamento, higiene e segurança predial”, complementa o coordenador.

Dentro de dois meses será formado o primeiro grupo de voluntários para que sejam iniciadas as intervenções nos bairros Jardim Santa Lúcia e Parque Novo Santo Amaro, segundo as propostas iniciais. A capacitação será feita pela Coordenadoria de Planejamento Urbano da Subprefeitura, com uma equipe composta de engenheiros, arquitetos, estagiários, geólogos, defesa civil e advogados. A proposta contempla a participação de voluntários de outras áreas de atuação profissional.