Oficina discute Violência Psicológica contra a mulher

A Oficina tem o objetivo de conscientizar mulheres e vítimas de agressão da importância de abordar a ofensa psicológica como um abuso contra a mulher e adotar a mediação como diferencial.

A violência contra a mulher não implica somente na agressão física, pois através de humilhações e agressões verbais a mulher é agredida emocionalmente. O maior problema ao lidar com os casos de violência psicológica é que não existe no código penal nenhuma lei que enquadre esse caso como crime.

A violência psicológica será o tema do 5° encontro do Ciclo de Oficinas de Mediação de Conflitos realizado pela Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de São Paulo, que acontece no próximo dia 11 de agosto.

As ações políticas de proteção à mulher são muitas vezes dificultadas pela falta de dados e por impasses jurídicos que impedem de traçar um retrato completo da violência contra a mulher, pois geralmente ela ocorre de forma silenciosa: a vítima se cala sobre a agressão e o problema é visto com normalidade por vários setores da sociedade.

Homens cumprem penas alternativas por crimes de violência contra a mulher por meio do pagamento de cesta básica; continuando a agredir as companheiras dentro de casa.

A Oficina tem o objetivo de conscientizar mulheres e vítimas de agressão da importância de abordar a ofensa psicológica como um abuso contra a mulher e adotar a mediação como diferencial. A mediação mostra as mulheres que elas são em parte responsáveis por seus males porque permitem que os maus tratos aconteçam.

A cultura de gênero que a sociedade adota hoje compromete o sentido da violência e contribui para que casos dessa espécie continuem a se repetir. A mediação visa um acordo e uma tentativa de diálogo entre a mulher e seu agressor.

O encontro visa também discutir diretrizes para o atendimento a mulher que sofre violência de todos os tipos, mas em especial a psicológica. A idéia é diminuir a burocracia e humanizar o atendimento e as relações diárias.

Estarão presentes agentes sociais orientadas a discutir a função social e o papel do homem e da mulher. A equipe tem a função de ajudar a mulher a entender que ela não precisa aceitar nada de maneira submissa, e aos poucos ensiná-la a reagir contra a violência.

A mediação deve ensinar os envolvidos a respeitar a cidadania do outro para ser considerado um cidadão e ter seus diretos também respeitados. As próximas palestras abordarão as temáticas de Identidade e Relações Sociais de Gênero.

A Oficina vai até o dia 11 de agosto, e acontece as quartas e quintas feiras, das 14 às 18 horas no auditório da Secretaria de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, localizado na rua Libero Badaró, nº 119 - térreo.