A Subprefeitura de São Mateus vistoriou na semana passada a limpeza dos piscinões da região. Ao todo, a subprefeitura é responsável por seis reservatórios que, juntos, beneficiam cerca de um milhão de pessoas que vivem próximo à bacia do rio Aricanduva.

Desde o começo do ano, a administração investiu para desassorear e aumentar a capacidade de reserva desses piscinões e assim afastar a ameaça de possíveis cheias em épocas de chuvas fortes.

O piscinão Aricanduva lll foi construído para receber as águas dos rios Caaguaçu e Aricanduva. Nos leitos desses rios são despejados todo tipo de lixo pela população. Além de dejetos diversos, até mesmo restos de animais grandes, como os de cavalos, podem ser encontrados boiando nas águas dos dois rios. O Aricanduva III tem capacidade de reserva de 250.000 m³ numa área de 60.000 m². Durante sua limpeza, de janeiro a julho, foram retirados 81.885 m³ de terra.

Já o piscinão Limoeiro, que fica no Jardim Iguatemi, é o segundo maior reservatório - com 175.000 m² de área e capacidade de reserva de 300.000 m³. Ele tem uma peculiaridade que o diferencia dos demais: de um lado, é cercado por uma vasta vegetação com boa preservação; do outro, há muitas casas e uma pista extensa, onde os moradores costumam caminhar.

No entanto, o hábito da caminhada foi interrompido por um tempo, pois o excessivo acúmulo de sujeira e mau cheiro que vinha do reservatório afastou os freqüentadores. Agora, com o piscinão limpo, aos poucos os moradores retomam suas caminhadas diárias. “Dava dó ver esse lugar, que servia tanto para a gente, cheio de barro e sujeira. Agora até parece outro”, disse Antonio Ribeiro da Silva, um dos moradores que voltou a ser um assíduo freqüentador da área.

Além desses dois, outros quatro piscinões estão em fase final de desassoreamento. É o caso do Nhumas, o menor de todos, que fica próximo às avenidas Rio das Pedras e Aricanduva, uma das áreas historicamente mais atingidas pelas enchentes.