A Prefeitura de São Paulo reiterou, nesta segunda-feira (15/08), o pedido de parceria ao Ministério da Saúde para um socorro ao Hospital Santa Marcelina, após participar da inauguração da 45a Farmácia Popular do Brasil, instalada ao lado da unidade (rua Cachoeira da Ilha, 71, Itaquera).

“O ministro pareceu bastante disposto a ajudar o Santa Marcelina. Da nossa parte, a Prefeitura de São Paulo fará o que for possível para manter os serviços desse hospital filantrópico que tem um atendimento em quantidade e qualidade excepcional”, comentou o prefeito de São Paulo após a visita às instalações do Santa Marcelina, acompanhado do ministro da Saúde, Saraiva Felipe, e da diretora-presidente do Hospital, Irmã Rosane Ghedin.

“Precisamos ajudar o Hospital para que ele continue ajudando a população de São Paulo. O Santa Marcelina tem atravessado dificuldades e a Prefeitura têm auxiliado dentro de suas possibilidades, mas elas são limitadas. Reivindicamos uma ação conjunta entre governo do Estado, Prefeitura e governo federal para podermos garantir as condições de funcionamento e evitar o corte de serviços essenciais”, explicou.

“Pretendemos agora discutir uma forma de impedir que o Hospital desative serviços, com um aporte de recursos dentro de um acerto com o governo estadual e a Prefeitura”, confirmou o ministro Saraiva Felipe. “Além do que o Ministério vai reeditar a portaria que dá incentivo aos hospitais contratualizados, como é o caso do Santa Marcelina”, acrescentou.

Farmácia Popular

A unidade da Farmácia Popular inaugurada hoje é uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital Santa Marcelina, para fornecimento de 95 itens de medicamentos adquiridos pela Fundação Oswaldo Cruz e repassados à população pelo valor de custo.

A nova farmácia também contará com farmacêuticos e funcionários qualificados para orientar o usuário sobre o uso correto da medicação e cuidados com a saúde em geral. Para adquirir um medicamento na Farmácia Popular, a pessoa precisa levar receita médica ou odontológica. Na capital existem outras 15 Farmácias Populares.

Medicamentos na rede municipal

Sobre o fornecimento de medicamentos gratuitos pela Prefeitura, o prefeito lembrou o esforço da atual Administração para estabilizar a oferta de remédios nas Unidade Básicas de Saúde (UBSs). Em janeiro, a nova gestão herdou um estoque zerado em relação a 26 itens de remédios e deficiente (só um mês de cobertura) para outros 80 tipos.

“A última aquisição havia sido feita em setembro do ano passado”, disse o prefeito. Dentre as ações da Prefeitura para reverter o quadro, foi citado o aumento de gastos com medicamentos, a simplificação da lista remédios fornecidos sem comprometimento da cobertura de doenças, o processo de informatização da rede básica formada por aproximadamente 400 UBSs e o início do programa de entrega de medicamentos pelo correio para pacientes com doenças crônicas.

“Aumentamos os gastos com medicamentos na cidade em 43% em relação ao mesmo período de 2004. Acreditamos que até o final do ano esse aumento fique em 60%, pois a cada mês essa dispensa tem sido maior”, destacou o prefeito.

A criação de duas unidades de pronto-atendimento e o plano de implantação de mais 28 em várias regiões, a retomada das obras do Hospital Cidade Tiradentes e reforma de várias unidades básicas são outras realizações da Prefeitura na área da saúde que, segundo o prefeito, merecem destaque.