Escolas de Samba recebem visita técnica de agentes de viagem

Um grupo com cerca 30 operadoras realizou visita técnica às sedes de duas das cinco escolas de samba da zona norte que fazem parte do projeto, desenvolvido em parceria com a São Paulo Turismo e o SEBRAE/SP.

O projeto SP Samba, que visa transformar o samba e o carnaval de São Paulo em um produto turístico durante todo o ano, levando turistas que chegam a São Paulo para visitar as quadras de escola de samba, deu um importante passo no últio domingo (14/08).

Um grupo com cerca 30 operadoras, que já vem trabalhando com a São Paulo Turismo para incrementar o receptivo de turistas na cidade, realizou visita técnica às sedes de duas das cinco escolas de samba da zona norte que fazem parte do projeto, desenvolvido em parceria com a São Paulo Turismo e o SEBRAE/SP.

Grande parte dos operadores, que pôde assistir uma etapa eliminatória dos sambas enredo do Carnaval 2006 da X-9 Paulistana e Mocidade Alegre, nunca tinha estado em uma escola de samba e ficou surpreso com a profissionalização, organização e a boa infra-estrutura.

"Ainda temos de acertar detalhes para que o produto seja adequado completamente, principalmente para o turista estrangeiro, que é quem mais se encanta com esse tipo de atração. Mas o que vimos aqui foi uma demonstração de que o samba paulistano é bastante profissional e pode se transformar em produto com facilidade", disse Luciano de Abreu, membro da Associação das Agências de Turismo Receptivo do Estado de São Paulo, que está em fase final de oficialização, graças ao apoio do SEBRAE/SP.

Para a presidente do Sindicato Estadual de Guias de Turismo de São Paulo, Lygia Martinelli, existe uma grande demanda reprimida para o produto. "Há muitos anos não há nada semelhante na cidade, mas a procura existe. Este tipo de iniciativa é importante demais para São Paulo. São essas ações que vão auxiliar na mudança da visão que as pessoas têm da cidade. São Paulo tem muito mais a oferecer do que negócios".

A comunidade do samba está empenhada no projeto, visto como uma importante oportunidade para a profissionalização do samba e do Carnaval. "Essa visita técnica tem como objetivo mostrar aos operadores que nossas agremiações são diferentes, que cada uma tem características e encantos próprios e que para que o projeto dê certo essas peculiaridades devem ser respeitadas. Mais do que isso, queremos que sintam que nossa comunidade apóia e está integrada ao projeto", explicou Paulo Vanderlei, um dos coordenadores do projeto do lado das escolas de samba. Além da X-9 e da Mocidade Alegre, fazem parte do SP Samba a Rosas de Ouro, a Unidos do Peruche e a Unidos de Vila Maria.