A Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado assinaram nesta sexta-feira (02/09) o termo de convênio que permitirá a integração entre o bilhete único e a rede sobre trilhos da capital - o metrô e os trens da CPTM. A integração será implantada progressivamente a partir do final de novembro.

Este prazo é necessário, segundo o prefeito, para evitar erros técnicos como os verificados na implantação do bilhete único. “A cautela é fruto da preocupação com o acerto técnico do processo, uma vez que ele envolve questões de grande complexidade operacional. Há problemas que certamente vão aparecer”, disse o prefeito.

A integração deverá começar com a linha Osasco/Jurubatuba da CPTM e com a linha verde (Vila Madalena/Paraíso) ou lilás (Capão Redondo/Largo Treze) do metrô. A medida deverá beneficiar cerca de 2 milhões de usuários e o custo será de R$ 15 milhões, divididos igualmente entre Prefeitura e Estado.

Para que a integração seja possível serão instalados 540 validadores do bilhete único em bloqueios das estações de trem e metrô. Dentro do período de duas horas, o passageiro poderá fazer as integrações que desejar, sendo uma delas no Metrô ou CPTM.

Como a rede sobre trilhos já é integrada, e dispensa a passagem pelo validador, o passageiro ganha bastante flexibilidade de rotas com o sistema. O usuário pode, por exemplo, iniciar a viagem em ônibus, continuar pela CPTM, transferir-se para o Metrô sem validação e na seqüência prosseguir em um ônibus. O que não é possível, apenas, é registrar duas integrações no Metrô/CPTM. Dentro das duas horas, portanto, não será permitido voltar para a rede de trilhos pela segunda vez.

“Ficarão preservadas as regras atualmente existentes, seja no sistema municipal, seja no estadual. No caso municipal, o bilhete único estará limitado a quatro trechos - a primeira e mais três integrações”, explicou o secretário municipal de Transportes. “No caso do sistema sobre trilhos permanecem as condições de integração entre metrô e CPTM”.

O prefeito citou ainda outras medidas da gestão na área de transportes, como o prolongamento da avenida dos Bandeirantes, em parceria com o Governo do Estado, e a retomada das obras do fura-fila, iniciadas na gestão Celso Pitta. “Nunca teríamos começado esta obra, mas o fato é que já foram gastos cerca de R$ 400 milhões”, disse. O corredor expresso irá ligar o Parque Dom Pedro à Cidade Tiradentes, no extremo leste.