A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) dá mais um passo na implantação da campanha “Dê mais que esmolas. Dê futuro”, inserida dentro do Programa São Paulo Protege.

Na próxima quinta-feira (08/09), a partir das 15h, na Praça Floriano Peixoto, s/n°, Santo Amaro, 20 crianças e adolescentes da Associação Casa da Praça iniciam a grafitagem do muro da entidade, cujo resultado será estampado nas kombis que atuarão na abordagem e acolhimento das crianças em situação de rua e trabalho infantil.

Atualmente dois pilotos do projeto estão em andamento nas regiões de Santo Amaro e São Mateus. O São Paulo Protege tem como um de seus objetivos a erradicação do trabalho infantil nas ruas de São Paulo.

De acordo com estimativa da SMADS, cerca de 3.000 crianças e adolescentes trabalham diariamente em 180 cruzamentos da cidade. Do total, 85% moram com os pais e freqüentam a escola; 10% moram temporariamente nas ruas devido à distância de casa, abusos sofridos em casa e à falta de condições de vida e 5% são dominadas por aliciadores.

A campanha “Dê mais que esmola. Dê futuro” será deflagrada junto à população para que não dê esmolas às crianças e adolescentes que vivem e/ou trabalhem nas ruas da capital.

A ação de dar esmolas mantém a pessoa na rua e impede que ela participe de programas promovidos pelo governo. A criança que vive nas metrópoles consegue mais dinheiro na rua. O jeito de tirá-las das ruas é oferecer atividades sócio-educativas.

Oficina de grafite

Os adolescentes estarão sob a orientação do grafiteiro e artista plástico Rui Amaral, que visa ensinar técnicas de grafitagem e conceitos de intervenção urbana através do uso de pincel, rolo, tinta látex, spray e material para colagem.

Esses materiais servirão de instrumentos para a criação de um painel, no muro da Associação Casa da Praça, que será utilizado como estampa das kombis do Projeto São Paulo Protege.

De acordo com Rui Amaral, essa ação promoverá a integração social pelo grafite como forma de arte e expressão, além de desenvolver o potencial desses jovens para se tornarem artistas que contribuam para o embelezamento da cidade. “Esperamos que esta iniciativa seja um exemplo para que as crianças e adolescentes deixem de pedir esmolas e usem a arte como oportunidade de trabalho", acrescenta o artista plástico.