O vice-prefeito de São Paulo e o vice-governador, Cláudio Lembo, colocaram na quarta-feira (07/09) duas corbeilles de flores junto à estátua de José Bonifácio de Andrada e Silva, na Praça do Patriarca, numa homenagem ao Patriarca da Independência.

Após a solenidade, que teve o Hino da Independência executado pela Banda da Polícia Militar, as duas autoridades falaram informalmente à população sobre a importância de José Bonifácio.

“Se o Brasil existe com essa estrutura que possui hoje, deve-se à atuação de José Bonifácio. Por isso o prefeito e o vice-prefeito decidiram fazer esta homenagem ao Patriarca da Independência”, comentou o Lembo.

“Queremos cumprimentar o vice-governador Cláudio Lembo e parabenizar o prefeito por esta feliz iniciativa de homenagear quem muito fez pelo Brasil”, afirmou o vice-prefeito, que puxou uma salva de palmas ao Patriarca.

Depois, os dois saíram em caminhada pelas ruas do Centro histórico de São Paulo, dirigindo-se ao Pátio do Colégio. Ali, observaram a restauração de prédios centenários, como os localizados no Quadrilátero da Sé, entre as ruas Floriano Peixoto e Roberto Simonsen.

A seguir, entraram na Casa Número 1, a primeira construída no município, na Casa de Anchieta e no Museu de Anchieta, onde conversaram sobre a história arquitetônica do município.

Quem foi o “Patriarca”

O estadista José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos no dia 13 de junho de 1763. Foi professor de geologia e metalurgia na Universidade de Coimbra (Portugal), onde formou-se também em Filosofia Natural e Direito Civil e foi membro da Academia de Ciências de Lisboa.

Em 1821, após voltar para o Brasil, ganhou projeção política como vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. Tornou-se o primeiro brasileiro a ocupar um Ministério, o do Reino, em janeiro de 1822, e sua influência junto a Dom Pedro I fez dele um dos principais articuladores do movimento pela Independência.

Ainda no Primeiro Reinado, quando ocupava a Pasta do Império, em 1823, afastou-se dos Conselhos da Coroa e fez oposição a Dom Pedro I.

Eleito para a Assembléia Constituinte, em setembro de 1823, no mesmo ano foi preso e deportado para a Europa, por ordem do Imperador. Ao voltar para o Brasil, em 1829, fixou residência na Ilha de Paquetá, de onde só saiu para assumir a cadeira de Deputado pela Bahia, como suplente nas sessões legislativas de 1831 e 1832.

Mais tarde, reaproximou-se do Imperador que, ao abdicar em 1831, o indicou para tutor de seu filho, Dom Pedro II, à época com 5 anos.

Destituído da tutoria, pela Regência, em setembro de 1833, ficou em prisão domiciliar até 1835, quando terminou o processo-crime instaurado contra ele por conspiração e perturbação da ordem pública.

José Bonifácio de Andrade e Silva viveu seus últimos dias em Niterói (RJ), onde faleceu em 1838.