O Programa é uma iniciativa da Fundação Itaú Social que conta com supervisão técnica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e coordenação do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária).
“Gostei muito do que vi aqui. É um projeto comandado pelos jovens em que a comunidade melhora sua própria vida com iniciativas muito simples”, comentou o prefeito, após caminhar pelas vielas 1 e 2.
A partir do programa, as vielas foram transformadas pelos jovens moradores do Morro do Piolho que participaram dos projetos “Novo Olhar” e “Arte no Beco”.
A ação, escolhida pelos próprios participantes, incluiu pavimentação, intervenções estéticas nos espaços - com pinturas, grafites e instalação de vasos de plantas feitos de garrafas PET -, e recuperação de fachadas das residências do entorno e da sede da ACTI (Associação Comunitária Todos Irmãos), ONG parceira do Programa naquele bairro.
O Programa compreende um conjunto de ações voltadas para a formação de jovens moradores de regiões de alta vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Em sua primeira edição, o Jovens Urbanos atuou nos bairros de Brasilândia e do Campo Limpo (Zona Sul), elaborando e implementando, ao todo, 19 projetos de intervenção social em conjunto com 10 ONGs parceiras e com o Poder Público, fundações empresariais, assessores tecnológicos e uma rede de apoio aos projetos dos jovens.
Desde maio de 2004, o Jovens Urbanos já proporcionou formação, durante 10 meses, para 480 jovens com idade entre 16 e 24 anos, com foco no aprendizado de tecnologias apropriadas e o desenvolvimento de projetos coletivos de intervenção social. Os jovens recebem da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social uma bolsa auxílio no valor de R$ 60,00.
Outros projetos
Na rua do Promontório, o prefeito conheceu os projetos de participantes de outras comunidades, que fizeram uma exposição em estandes. O projeto Instituto Água Vida, da região do Campo Limpo, trabalhou a questão do monitoramento sistemático da água utilizada pela comunidade, com orientações e soluções econômicas para o tratamento e uso da água.
Na Brasilândia, os projetos Amigos da Natureza e Se Liga e Recicla, implantaram, respectivamente, a criação de uma horta-escola comunitária para produção local de produtos orgânicos, e um trabalho de conscientização da população em relação ao meio ambiente, principalmente no tratamento da questão dos resíduos sólidos.
“Esses jovens têm criatividade, iniciativa e espírito de luta para construir o futuro da comunidade”, elogiou.
“O que é interessante aqui é que eles começam essa transformação nesse microterritório, que é deles, e essa transformação vai replicando em outras partes do bairro”, destacou o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, que explicou ainda que a idéia é ampliar o Programa para mais 10 pontos da cidade com altos índices de vulnerabilidade social.
“Parcerias não faltam, mas o desafio é conseguir que as fundações e organizações não-governamentais trabalhem sob a supervisão técnica da Prefeitura, como neste caso do Morro do Piolho, em locais onde realmente a violência e a falta de assistência aos jovens imperam”, observou o secretário.
![As vielas foram transformadas pelos jovens do Morro do Piolho](https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/jovens_2_200_1127327267.jpg)