Construções e reformas dos hospitais possibilitam maior acesso da população

O Hospital Geral M’Boi Mirim será o primeiro hospital municipal do distrito de M’Boi Mirim, o segundo da região e o quinto contando com os hospitais estaduais existentes em cidades próximas a M’Boi Mirim.

Segundo o presidente do Projeto Colibri em Cidade Tiradentes, Galdino Oliveira Teixeira, “a expectativa é muito grande, porque este hospital vai abranger 1 milhão de habitantes. Os hospitais mais próximos são o Santa Marcelina e o Planalto (Waldomiro de Paula), isto aqui vai vir para aliviar 50% da demanda.”

Galdino trabalha pela acessibilidade dos equipamentos municipais e está acompanhando a construção do hospital. As normas técnicas estão sendo atendidas incluindo os banheiros para pessoa com deficiência, elevadores, portas largas com condições de passagem dos cadeirantes, rampas, pisos, corrimões, etc.

Outra melhora será no tempo de chegada até o hospital. Hoje, para acessar os hospitais mais próximos de ambulância ou carro o paciente leva cerca de 30 minutos, e mais de uma hora de ônibus. Com a conclusão do novo hospital será questão de minutos.

O Hospital Geral M’Boi Mirim será o primeiro hospital municipal do distrito de M’Boi Mirim, o segundo da região e o quinto contando com os hospitais estaduais existentes em cidades próximas a M’Boi Mirim. Em abril deste ano, foram liberados R$ 16 milhões para o início das obras. O prefeito e o governador assinaram convênio para a liberação da verba no dia 07 de abril, Dia Mundial da Saúde.

M'Boi Mirim

São Paulo tem uma má distribuição de leitos hospitalares: de um lado, uma grande concentração de leitos na região da avenida Paulista, onde existe um hospital do lado do outro. Em outras regiões, como a do Jardim Ângela, que tem meio milhão de pessoas, há carência de leitos hospitalares. A zona Sul, como um todo, conta com três mil leitos, para uma população de aproximadamente três milhões de pessoas. A construção do hospital M’Boi Mirim irá ajudar a diminuir essa demanda.

Até agora, um galpão que havia no local foi demolido, 80% da escavação está pronta e cerca de 30% da fundação do prédio executada. Foram removidos 56 mil metros cúbicos de terra, ou seja, cerca de 162 toneladas de terra foram removidas e restam 12 mil metros cúbicos. Entre a demolição, terraplanagem, a remoção das árvores e o estaqueamento foram gastos aproximadamente R$ 6 milhões.

O consórcio Schahin Engenharia/Estacom tem 80 funcionários na obra, com perspectiva de chegar a 200 funcionários, que também serão mão de obra recrutada prioritariamente na região.

O prefeito solicitou que a construção do Hospital do M’ Boi Mirim fosse concluída em 30 meses – ou seja, até outubro de 2007, incluindo equipamento e pessoal - e que seja realizada estrategicamente para que alguns setores do novo serviço possam ser colocados em funcionamento antes do prazo final, de forma que a comunidade possa ser parcialmente atendida no curto prazo.

Com 281 leitos, o hospital ocupará uma área de 26 mil m2, será um hospital geral, com atendimento de emergência e instalações para internação em clínica médica, cirurgia geral, cirurgia ortopédica, obstetrícia (maternidade) com atenção e assistência à gestante de alto risco, pediatria e saúde mental. Seu pronto-socorro contará com cinco salas de emergência, 33 leitos de observação adulto e 13 leitos de observação infantil. Cerca de 1.600 profissionais trabalharão no hospital e sua capacidade estimada é de 20 mil atendimentos/mês.

Juntamente com os hospitais Cidade Tiradentes e M’Boi Mirim, as Unidades Básicas de Saúde são prioridades da Prefeitura de São Paulo para a reestruturação do sistema de saúde da cidade. Através delas é feito o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde.

O atendimento, realizado apenas sob consultas com hora marcada, é em regime ambulatorial, ou seja, são aplicadas apenas ações básicas de saúde como imunizações e coleta de material para exames. Também são promovidas ações educativas de saúde para a população como palestras e campanhas.

No primeiro semestre deste ano a Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras (Siurb), através do Departamento de Edificações (Edif) retomou as obras de construção de oito Unidades Básicas de Saúde: City Jaraguá 5, Cohab Guaianases, Jardim Campinas, Cohab Boa Esperança-Texima, Jardim da Conquista, Chácara Cruzeiro do Sul, Inácio Monteiro e Parque Maria Domitila. A UBS Jardim da Conquista é a única unidade com um projeto especial com três andares, as outras sete seguem o modelo padrão.

As UBSs padrão são térreas, com rampas de acesso para facilitar a locomoção sem auxilio de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Em sua estrutura existem 8 salas para consultórios - sendo 3 com sanitários, 1 consultório odontológico com três equipamentos e atendimento simultâneo, 1 posto de enfermagem, 3 sanitários - masculino, feminino e 1 especial adaptado para uso de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, 1 sala para educação em saúde com palestras, demonstrações, campanhas e treinamentos, 1 sala de observação com dois leitos e 1 sala para cada atividade: imunização, vacinação, coleta de material para exame, inalação e suturas, curativos e medicação. As oito salas para consultórios atendem as especialidades de pediatria, clinica médica, ginecologia e obstetrícia e as demais necessidades específicas da população de cada região.

Outras 19 unidades entram em reforma e ampliação durante o segundo semestre de 2005: Água Rasa, Vila Antonieta, Três Corações, Vila Constança, Burgo Paulista, Parque Fernanda, Cidade Patriarca, Mooca I, Jardim Santo André, Jardim Jaqueline, São Francisco, Vila Sabrina, Crua das Almas, Engenheiro Goulart, União das Vilas Taipas, Pedro José Nunes, Jardim dos Campos, Guaianases II e Jardim Romano.

A Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando para ampliar este número. Segundo a Dra. Jane Armond da Coordenadoria da Região Sul da Secretaria de Saúde, a população está muita bem informada quanto ao funcionamento e os serviços oferecidos pelas UBSs.