Covisa lacra 12 poços artesianos com água contaminada na Zona Sul

A água dos poços, que ficam em 9 empresas, estava sendo analisada há cerca de três meses e foi considerada imprópria para uso por conter substâncias cancerígenas e prejudiciais à saúde dos funcionários.

A Prefeitura de São Paulo lacrou, nesta segunda-feira (03/10), 12 poços artesianos na região de Jurubatuba, na Zona Sul. A água dos poços, que ficam em 9 empresas, estava sendo analisada há cerca de três meses e foi considerada imprópria para uso. A proibição de uso da água foi publicada no Diário Oficial da Cidade de sexta-feira (30/09).

No início da manhã, três equipes da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) saíram para lacrar os poços. Muitos deles já haviam sido inutilizados pelas empresas – no entanto, todos eles serão lacrados para maior segurança dos funcionários e dos moradores das regiões próximas.

Substâncias cancerígenas

A água dos poços, segundo consta no laudo entregue pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), contém substâncias nocivas e não poderá ser usada de maneira alguma, nem mesmo para limpeza de chão ou dos carros das empresas – já que apenas um contato com a pele bastaria para a contaminação.

De acordo com o gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa, Carlos Ferreira de Aguiar Junior, a análise indicou a presença de substâncias prejudiciais à saúde, como cloreto de vinila, dicloroeteno, tricloroeteno, tetracloroeteno e derivados – produtos cancerígenos e que podem causar também problemas renais e circulatórios.