A escola está velha? Seus muros a defendem da realidade externa? Qual deve ser sua atitude diante da sociedade? Estas e outras questões foram discutidas de forma bastante divertida arrancando gargalhadas do público.
A peça tem três personagens: Dona Escola (Paulo Bottoz, também autor do texto), Programa Pedagógico (Edvaldo Costa) e Comunidade (Daniel Cucolo, que também faz a abertura do espetáculo).
Durante quase duas horas, o Programa Pedagógico e a Comunidade tentam convencer Dona Escola, que está se sentindo deprimida, abandonada e desrespeitada, a rever seus conceitos e se abrir mais para o mundo externo.
O texto ressalta a hesitação em aceitar novos desafios de Dona Escola, presa a um passado que já não existe - porque o mundo mudou. Cabem ao Programa Pedagógico e Comunidade encorajá-la a sair de seus muros e conhecer os dias de hoje.
Dona Escola já percorreu o país e é fruto de um "working progress" de mais de cinco anos, segundo a administradora do projeto, Cristiane Coelho.
Por ter poucos elementos em cena - uma cadeira, um baú e um banquinho servindo como púlpito - permite ao público concentrar toda a atenção no texto e atuação dos atores. "O espetáculo contribui no pensamento do que representa a escola nos dias de hoje", diz Cristiane.