Prefeitura fecha parceria com Jovem Profissional

Desde agosto passado um grupo de 172 estudantes de 16 a 21 anos vêm recebendo bolsa de R$ 200 para aprender serigrafia, assistência administrativa e operador de máquina de PVC.

Criada há 66 anos, a Fundação Jovem Profissional estabeleceu parceria com a Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal do Trabalho, para dar bolsas de estudo para jovens carentes que participam de cursos de qualificação profissional.

Desde agosto passado um grupo de 172 estudantes de 16 a 21 anos vêm recebendo bolsa de R$ 200 para aprender serigrafia, assistência administrativa e operador de máquina de PVC.

A Fundação oferece alimentação, assistência médica, odontológica, psicológica, acompanhamento escolar, uniforme e material didático.

A fundação procurou a Secretaria depois que em julho passado teve a evasão de 40 alunos. "Muitos alunos alegaram que não tinham dinheiro para o transporte e que precisavam trabalhar. Desde que conseguimos a bolsa em agosto, nenhum jovem faltou mais às aulas ou desistiu do curso", afirma Ana Maria Rose, diretora da fundação.

A seleção dos estudantes é feita pela própria instituição e inclui dinâmicas e entrevista. Para se inscrever é preciso ter renda familiar per capita de meio salário mínimo, ser estudante da rede oficial de ensino, estar desempregado e residir em São Paulo há pelo menos dois anos. A faixa etária é um pouco maior em relação aos outros convênios: 16 a 21 anos.

Glycerio de Oliveria, de 16 anos, aluno do curso de auxiliar-adminstrativo, admite que além de ajudar no transporte, a bolsa é um incentivo a mais para estudar. "Consigo pagar o transporte e ainda ajudo minha mãe com as despesas de casa. Estou muito satisfeito com o que estou aprendendo e espero conseguir um emprego na área", diz ele.

Para Salvelina de Oliveira, mãe do adolescente, a é a chance que o jovem da periferia tem de mudar de vida: "Ajuda bastante mas o melhor é que eles aprendem uma profissão."

Segundo o coordenador do programa Capacitação Ocupacional, Carlos Alexandre Nascimento, a idéia é que sejam eleitos líderes estudantis em todos os convênios para facilitar o acompanhamento: "Vamos promover encontros para melhorar o aproveitamento dos cursos e adequar à realidade dos jovens. O objetivo é que a maioria seja encaminhada ao mercado de trabalho ao término dos cursos".