Fundo Municipal da Criança e do Adolescente alavanca projetos sociais

Atualmente, 30 projetos em São Paulo contam com apoio do FUMCAD. Uma das instituições beneficiadas é a Ação Social São Mateus, que colabora na inserção de menores em escolas.

De acordo com o IPV (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social) mais de 330 mil famílias, na Capital, sobrevivem com apenas meio salário mínimo. Essa triste conjuntura proporciona que diversas entidades se mobilizem e criem programas sociais de proteção à crianças e adolescentes.

Atualmente, 30 projetos em São Paulo contam com apoio financeiro do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Uma delas é a instituição Ação Social São Mateus, localizada na zona Leste. Desde dezembro de 2004 desenvolve o projeto "Da Rua para a Vida Cidadã", um centro de referência que atende crianças e adolescentes em situação de rua. A Ação Social São Mateus colabora com a inserção dos menores em escolas, dando abrigo e oferecendo orientação psicológica, inclusive para a família.

A coordenadora da organização, Cecília Stringhini, ressalta que o auxilio recebido do Fundo é fundamental para o desenvolvimento das atividades. "Nosso trabalho só é possível em função desses recursos", diz ela. "Durante todo o ano tivemos ótimos resultados e hoje já podemos afirmar que o projeto foi capaz de dar esperança a muitas dessas crianças que antes eram totalmente desorientadas".

Segundo Cecília, os recursos do FUMCAD são utilizados para o pagamento de 11 funcionários, "um quadro reduzido tendo em vista a demanda da região. Com o dinheiro recebido também é possível financiar transporte aos oito educadores de rua, materiais pedagógicos e de escritório", conta a diretora.

Regina Ribeiro, coordenadora do Serviço Social Bom Jesus de Piraporinha, localizado em Capão Redondo, zona Sul, também é beneficiado com os recursos do FUMCAD, ressalta que "com esse apoio foi possível criar o Projeto 'Novo Olhar', que busca a reintegração de adolescentes no quadro social. São jovens que cumprem medidas sócio-educativas, ou seja, que já cometeram algum ato infracional e hoje exercem atividades sociais supervisionadas pelos Conselhos Estaduais de Direitos".

O projeto também envolve atendimento coletivo (que inclui a família) e oferece oficinas profissionalizantes nas áreas de telemarketing e grafite, com enfoque em conceitos de cidadania, atividade lúdica e desenho. "Jovens com esse tipo de problema precisam resgatar a auto-estima e quando têm a oportunidade de participar de programas como este passam a ser admirados pelo próprio trabalho e acabam virando referência positivas para outras pessoas", ressalta a coordenadora. "Esse é o melhor resultado que uma entidade pode ter: ser ajudada para ajudar outras pessoas".


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