Em reunião realizada ontem, quinta-feira (10/11), na sede da Subprefeitura de Pinheiros, ficou definido que os imóveis interditados no Itaim Bibi começarão a ser liberados a partir do dia 21/11.

O encontro contou com a participação do Subprefeito, Diretores da Construtora Bueno Netto e dois representantes de moradores.

No início da semana, o laudo entregue pela Construtora pedia a desinterdição total de quatro imóveis e a parcial de outros três, atingidos diretamente pelo desmoronamento. No entanto, segundo os técnicos da Subprefeitura, este laudo omite informações importantes.

Em razão disso, os sete imóveis afetados, incluindo o edifício com 17 apartamentos, continuarão interditados. O Subprefeito reiterou, também, que a obra de construção do edifício permanece interditada até que todos os imóveis estejam aptos a serem novamente habitados.

Entre os requisitos estabelecidos pela Subprefeitura à construtora, encontra-se um novo relatório que constate a situação de segurança de cada imóvel, e que contenha informações sobre as causas do desmoronamento ou providências para identificá-las.

Também foi determinado que sejam realizadas sondagens para verificar quais os pontos que realmente foram abalados, um cronograma da obras de reparo nos imóveis, um plano de reinício das obras da construção, além da definição de que, se na hora do sinistro, o tirante desprendeu-se da parede ou se apenas andou junto com ela.

O Subprefeito determinou que os responsáveis pela Construtora, antes de recomeçarem as obras, peçam autorização a cada proprietário dos imóveis para que os tirantes sejam recolocados sob as casas - autorização obrigatória por lei.

Por determinação do perito da Subprefeitura, e para garantir a estabilidade geológica da região, a empreiteira instalou uma série de pinos de moritonamento, que detectam qualquer movimento milimétrico que ocorra na área.

Um laudo completo elaborado pelo perito da Subprefeitura será entregue no final da próxima semana. Nos próximos sete dias, a Construtora deverá realizar os reparos de rachaduras nos imóveis afetados, e apresentar um novo relatório para a Subprefeitura.

Também na reunião, em “acordo de cavalheiros” entre um Diretor da Construtora e representantes dos moradores, a empreiteira reafirmou sua disposição em arcar com todos os danos causados aos estabelecimentos residenciais e comerciais.

A pedido do subprefeito, um representante da Construtora estará presente na reunião que será feita entre os moradores, para anotar as reivindicações de cada família, caso a caso.

Os diretores da Construtora reafirmaram que o ocorrido se trata de acidente, e que a causa do desmoronamento não está relacionada com as galerias da Prefeitura.

Vale lembrar que a interdição dos imóveis foi feita pra preservar a vida e segurança física dos moradores. O interesse da Prefeitura é desinterditá-los o mais depressa possível, desde que os mesmos se encontrem em situação total de segurança.