Força-tarefa começa a agir nos bares da região sul

Os donos de bares do Jardim Ângela e Jardim São Luís serão motivados a aderir à campanha ''Pacto com a Vida e com a Paz'', que prevê fechamento dos bares às 22h. A ação visa reduzir os altos índices de violência da região.

Uma força-tarefa começou a agir na segunda-feira (21/11) para tentar convencer os donos dos quase 4.000 locais que vendem bebidas alcoólicas no Jardim Ângela e no Jardim São Luís a fecharem mais cedo.

Eles serão motivados a aderir à campanha "Pacto com a Vida e com a Paz", que prevê fechamento dos bares às 22h. A ação visa reduzir os altos índices de violência da região.

"Primeiro faremos um trabalho de conscientização. Depois, virá a fiscalização", afirmou o chefe de gabinete da Subprefeitura do M'Boi Mirim. Composta por agentes vistores da subprefeitura, guardas-civis e representantes de ONGs divididos em três equipes, a força-tarefa pretende percorrer de cem a 150 bares por dia.

Durante as visitas, os bares serão cadastrados e fotografados. Também serão fixados cartazes da campanha, que já existem desde outubro de 2004. A força-tarefa começará agindo em bares nas principais vias dos 62 km2 atendidos pela subprefeitura. Em seguida, se embrenhará no comércio dos bairros.

Fiscalização

A segunda fase começa no dia 15 de dezembro, quando a conscientização se transformará em fiscalização. Segundo Camelo, mais de 90% dos bares da região estão em situação irregular. Nessa fase, a Polícia Militar e o Ministério Público se juntarão ao grupo. De 15 de dezembro a 15 de janeiro, os bares que não cumprirem o pacto serão advertidos. Se furarem o trato novamente, serão autuados. "O próximo passo será fechar o bar", afirmou Camelo.

Ainda haverá uma terceira etapa. Durante o mês de janeiro de 2006, comerciantes e subprefeitura farão reuniões para discutir o pacto. O comerciante Fábio Luiz Melo aderiu à campanha na primeira edição. Porém, acha que os índices de criminalidade não cairão com o fechamento mais cedo. "Aderi porque fecho cedo mesmo. Acho que o crime está aí, de dia. De noite não faz diferença", disse. Ele diz nunca ter presenciado ou sofrido violência em seu bar.