Começam testes de trava antifurto em tampa de ferro fundido

O aparelho é feito de aço temperado e tratado para não ter problemas com ferrugem, o mesmo tipo de tratamento utilizado em portões automáticos.

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras testou nesta quinta-feira (24/11) um dispositivo de segurança que visa evitar o furto das tampas de poços de visita.

O local para o teste foi um poço de visita de águas pluviais próximo à alça de acesso da ponte Atílio Fontana, na Marginal Tietê, sentido Lapa-Centro. O dispositivo havia sido instalado na noite anterior, e a escolha do local foi feita pelo histórico de freqüentes furtos.

O aparelho, da Travnet Indústria Metalúrgica, é feito de aço temperado e tratado para não ter problemas com ferrugem, o mesmo tipo de tratamento utilizado em portões automáticos. Para acionar o dispositivo, é utilizado um bastão-chave que através um segredo permite maior segurança e evita a ação dos ladrões.

Mecanismo

Os braços de aço do bastão correm em guias de ferro modular e encontram o dispositivo, que ao rodar no sentido horário, trava a tampa e a destrava se rodar no sentido anti-horário.

“Estamos em fase de testes. Porém, a idéia é conhecer outros mecanismos e tampas antifurto antes de decidir qual o aparelho será utilizado nas tampas de poços de visita de toda a cidade”, explica o coordenador da área de drenagem da Secretaria das Subprefeituras, Domingos Gonçalves. “A nossa intenção é reduzir ao máximo o número de roubos”.

Se a trava for aprovada, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras deverá iniciar nos próximos dias o processo de licitação, por ata de registro de preço, permitindo que as subprefeituras adquiram essas travas a um custo aproximado de R$ 500,00, para instalação nos locais onde há maior incidência desse tipo de furto. A intenção é instalar mil travas por ano, em três anos.

O objetivo da Prefeitura é inibir as ações de ladrões que vendem essas peças em ferros-velhos. Mensalmente, são furtadas em toda a cidade, uma média de 500 tampas a um custo de R$ 200,00 cada. Além de impedir roubos, a Prefeitura pretende evitar acidentes como o ocorrido em setembro de 2005 quando uma criança de quatro anos caiu na galeria de águas pluviais na região do bairro do Limão.