Prefeitura entrega alimentos na Aldeia Indígena Tenondê Porã

Sobrevivendo da renda incerta obtida com produção de artesanato, famílias indígenas enfrentam dificuldades para conseguirem alimentos e recebem hoje (1º/12) um auxílio da Secretaria de Assistência Social.

Preocupada com a situação de sobrevivência da Aldeia Indígena Tenondê Porá, situada na região sul da cidade, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimentos Social (SMADS) entregará na hoje (1º/12), às 11h, uma doação de aproximadamente 1.600 quilos de alimentos.

As 120 famílias da aldeia receberão açúcar, arroz, feijão, sal, fubá, macarrão, além de farinha de trigo e mandioca. As demais aldeias indígenas serão beneficiadas com mantimentos nas próximas semanas e, posteriormente, as doações que a secretaria recebe regularmente serão destinadas às tribos todos os meses.

Atualmente, a tribo Tenondê Porã sofre com problemas de desnutrição, principalmente infantil, por não conseguirem plantar devido o solo ser infértil e seco. Apesar da dificuldade, os índios compram comida com o pouco que ganham na venda do artesanato confeccionado por eles, mas as visitas à aldeia estão cada vez mais raras e a venda dos produtos está diminuindo.

Outra forma de conseguirem sobreviver é por meio de doações feitas pelas comunidades vizinhas, mas a vida desta forma é muito instável e às vezes eles chegam a não ter o que comer.

De acordo com o Secretário da SMADS, na capital temos duas aldeias indígenas na zona sul, em Parelheiros (Tenondê Porã e krukutu) e duas na zona oeste, no Pico do Jaraguá (Tecoá Ytu e Tecoá Pyao). “Pretendemos distribuir alimentos para todas as aldeias e ainda inseri-las como prioridade na lista de distribuição de alimentos da prefeitura”, disse.

Outra grande preocupação da SMADS em relação as três áreas indígenas é inserir as famílias em programa de transferência de renda. “Os índios serão beneficiados com o renda mínima e isso deverá tranqüilizar as tribos, que têm renda muito baixa” ressalta o secretário. Estão sendo recadastradas 117 famílias das aldeias Tenondê Porã, Krukutu e Tecoá Ytu e Tecoá Pyao, que se enquadram nos critérios do programa.

A secretaria também enviou ao Ministério de Assistência Social um projeto que prevê a instalação do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Indígena, nas aldeias de São Paulo.

Nos CRAS Indígenas as famílias serão assistidas em projetos de capacitação, atividades sócio-educativos, orientações sobre os programas de transferência de renda, além de contarem com profissionais da área de antropologia, psicologia e assistência social.