Secretaria começa a fiscalização dos motoboys em São Paulo

A operação, realizada por quatro equipes de fiscais do Departamento de Transportes Públicos (DTP), da Secretaria dos Transportes, começou hoje nas empresas que atuam na Capital.

Quatro equipes de fiscais do Departamento de Transportes Públicos (DTP), da Secretaria Municipal de Transportes, estarão a partir de hoje (01/12) diariamente nas ruas para controlar e orientar os serviços de motofrete - os chamados motoboys - na cidade de São Paulo.

Auxiliadas pela Guarda Civil Metropolitana, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, SPTrans e CET, a fiscalização percorreu ontem bairros da zona leste da cidade, e distribuiu intimações: nenhuma das quatro empresas vistoriadas no período da manhã conseguiu apresentar aos fiscais do DTP e da Subprefeitura toda a documentação obrigatória.

Todas deverão comparecer em 24 e 48 horas, respectivamente, às sedes de um destes órgãos para prestação de contas. Uma motocicleta - com cilindrada abaixo da permitida, ficou retida.

Nesta primeira fase, a fiscalização vai concentrar sua atuação nas 1,5 mil empresas que atuam na Capital. Muitos delas clandestinas e que, segundo avaliação do próprio DTP, não mantêm com os motociclistas uma correta relação de trabalho, com jornadas excessivas e sem condições mínimas de segurança.

Decreto e credenciamento

Desde agosto deste ano, quando foi publicado o decreto 46.198/2005, do DTP, que regulamenta a atividade, 373 empresas credenciaram, e outras 42 iniciaram o processo de regulamentação, que terá validade por dois anos.

Estas empresas pagam uma taxa de R$ 250 e precisam ter sede ou filial no município e regularidade comprovada perante órgãos como o Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), a Fazenda Federal e a Prefeitura.

Já os motofretistas - que somam cerca de 120 mil trabalhadores na cidade - estão pagando taxas públicas bem inferiores àquelas previstas em tentativas anteriores de cadastramento. A expedição e renovação (a cada três anos) da inscrição no Cadastro Municipal de Condutores (Condumoto), que era de R$ 50, caiu para R$ 10 na regulamentação atual. O treinamento envolvendo direção defensiva e primeiros-socorros oscila entre R$ 15 e R$ 40, e a inspeção veicular, que é anual, R$ 20.

Os equipamentos exigidos pela nova legislação - como colete, capacete e baú - também podem ter seu custo reduzido, ou até ser distribuído gratuitamente, por acordos em andamento entre sindicatos da categoria e a iniciativa privada, para a exploração publicitária de espaços permitidos pela nova legislação.

O DTP lembra ainda que a menor categoria de multa prevista na nova regulamentação do motofrete - por exemplo, por operar sem o colete - fica em R$ 19,73. A mais grave delas - como não ter a licença da moto - custa ao infrator R$ 153,16.

Balanço da fiscalização de hoje

Empresas fiscalizadas - 7

Intimações emitidas - 7

Motocicletas fiscalizadas - 6

Motocicletas retidas - 1