A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), por meio do Oficina.Boracéa, promove um curso de capacitação de albergados para a produção de objetos de decoração com material reciclado. A oficina surgiu com o objetivo de melhorar a qualidade dos espaços do albergue, utilizando a reciclagem como ponto de partida. Aos poucos, esta intervenção foi dando origem à criação de objetos de uso cotidiano e artigos de decoração para comercialização.
É a primeira vez que este trabalho é desenvolvido no albergue e já conta com um grupo de 12 pessoas, que reaproveitam jornais, papelão e tecidos para produzir biombos, jogos americanos, luminárias, bolsas, entre outros objetos. Os trabalhos são orientados pela designer e coordenadora da oficina de artes Boracéa, Adriana Yasbek.
De acordo com Adriana, eles se organizaram em sistema de frente de trabalho há dois meses e a intenção é criar uma cooperativa para confeccionar, cada vez mais, objetos de decoração com material reciclado. “A procura por esse tipo de artesanato está crescendo muito e, por isso, pretendemos criar a cooperativa para que essas pessoas tenham uma renda e profissão”, afirma ela, que acrescenta ainda que o trabalho já era realizado voluntariamente desde o início deste ano.
Para o secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, esta iniciativa resgata a auto-estima e promove a cidadania de uma população anteriormente excluída. “A intenção é que outras pessoas também participem do curso e tenham a mesma oportunidade que este grupo: de ser artesãos“, ressaltou.
A oficina pretende receber doação de materiais recicláveis para que os trabalhos sejam disponibilizados à população com mais freqüência.
Os produtos estão em exposição na Oficina.Boracea (rua norma Pieruccini Gianotti, nº 77) até o dia 22 de dezembro, das 8h às 18h. Na exposição há bolsas, luminárias, almofadas, biombos, jogos americanos, que variam entre R$ 20 a R$ 550.
Albergados comercializam objetos de decoração produzidos com material reciclado
Moradores de rua e albergados começam a descobrir que papelão e jornal não são lixo e que os resíduos podem ter valor econômico, ecológico e até artístico. Os produtos estão em exposição na Oficina.Boracéa até o dia 22 de dezembro.
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