Prefeitura entrega duas unidades de saúde na Zona Sul

A AMA Vila Missionária está localizada na região de Cidade Ademar. A outra unidade de saúde inaugurada nesta segunda-feira foi a UBS Vila Clara, no Jabaquara.

Durante a inauguração da quinta AMA (Assistência Médica Ambulatorial) da cidade, nesta segunda-feira (12/12), o prefeito disse que outras 25 unidades no mesmo molde serão inauguradas até os primeiros meses de 2006. “Com as primeiras 30 AMAs esperamos atingir pelo menos 200 mil pessoas por mês com esse atendimento rápido e de alta qualidade”, afirmou o prefeito.

A AMA Vila Missionária, inaugurada hoje pelo prefeito e pelos secretários de Saúde da Prefeitura e do Estado está localizada na região de Cidade Ademar, Zona Sul da capital.

A AMA, a quarta em parceria com o governo estadual, foi instalada no andar inferior da Unidade Básica de Saúde Vila Missionária, que funciona em prédio próprio de 618 m2 numa região onde existem cinco favelas e 90% da população é dependente do Sistema Único de Saúde.

A nova AMA passa a funcionar de segunda à sábado, das 7h às 19h, com capacidade de 300 atendimentos/dia (ou 7.800 atendimentos/mês), e deverá beneficiar cerca de 50 mil habitantes dos bairros de Jardim Selma, Cidade Júlia, Vila Missionária, Jardim Luso, Jardim Itapura, Americanópolis e Jardim Miriam.

Na AMA, não há marcação de consultas, e o atendimento é por critério de risco, não de chegada. Os casos que necessitam de atendimento mais complexo são prontamente encaminhados ao pronto-socorro mais próximo, com o deslocamento do paciente por meio de ambulância da própria AMA.

“Basta qualquer pessoa chegar nas AMAs em funcionamento para verificar a aprovação da população e a quantidade de gente atendida. A primeira a ser inaugurada, em março no Jardim Ângela, atende hoje a mais de 10 mil pessoas por mês”, observou o prefeito, que sinalizou a intenção da Prefeitura em ultrapassar as 30 AMAs, com implantação ao longo de 2006.

Como nas já inauguradas AMAs Jardim Caraí, Maria Antonieta Barros (Grajaú) e Jardim Campinas (Parelheiros), a Prefeitura é responsável pelo espaço físico, pelo gerenciamento da unidade e pelos insumos/materiais/medicamentos, e a Secretaria de Saúde do Estado, pelos equipamentos, pela reforma para a instalação da AMA e pela contratação de profissionais por meio de convênio com uma entidade sem fins lucrativos, no caso, a Associação Congregação Santa Catarina.

A AMA do Jardim Ângela, por sua vez, não está no grupo das unidades conveniadas com o governo do Estado, funciona também aos domingos e, em 9 meses de funcionamento, está atendendo quase que o dobro de pacientes inicialmente estimados.

A AMA Vila Missionária conta com cinco consultórios, salas de Medicação e Inaloterapia, de Sutura e Eletrocardiograma, de Expurgo, de Radiologia, de Observação Adulto e Infantil e de Avaliação de Enfermagem, com posto Enfermagem e necrotério.

Integram o corpo de funcionários um gerente de unidade, dois auxiliares, sete recepcionistas, duas enfermeiras, 14 auxiliares de Enfermagem, quatro técnicos de Enfermagem, um técnico de Radiologia, dois auxiliares de Farmácia, dois médicos clínicos, dois médicos pediatras e um médico cirurgião (pequenas cirurgias).

Inauguração de UBS no Jabaquara

Após a cerimônia em Cidade Ademar, o prefeito seguiu para o Jabaquara, também Zona Sul, onde inaugurou uma nova unidade do Programa de Saúde da Família (PSF): a UBS Vila Clara.

O serviço amplia em mais seis equipes completas o atendimento do PSF naquela região. A UBS Vila Clara deve atender a aproximadamente 17.500 pessoas residentes do entorno, área com altos índices de exclusão social em que 80% da população é dependente SUS. A unidade foi instalada em prédio na Vila Clara, reformado para esse fim a um custo de R$ 95 mil.

Durante as inaugurações desta segunda-feira, o prefeito voltou a comentar a importância do Projeto de Lei (318/05), em tramitação na Câmara de São Paulo, para que a Prefeitura possa firmar contratos de gestão de equipamentos como as AMAs com entidades sem fins lucrativos atuantes na área da saúde.

“Todo o Programa de Saúde da Família sempre foi feito com entidades filantrópicas e parceiros. Estamos apenas regularizando uma situação, tentando dar mais legalidade ao processo. O projeto prevê, inclusive, que o Tribunal de Contas do Município possa também examinar a prestação de contas dessas entidades”, comentou.