O Atlas apresenta 250 mapas que delimitam as áreas de abrangência dos hospitais e apontam as principais doenças da população de São Paulo.
"Queria agradecer ao trabalho de boa qualidade e que vem se somar a outras parcerias que o Hospital Albert Einstein vem fazendo com a cidade. É uma parceria muito próxima, fraterna e generosa", disse o prefeito.
O documento identifica as relações entre doenças e fatores sociais, econômicos e culturais, mostrando, por exemplo, que a incidência de AVC (Acidente Vascular Cerebral) é maior nas regiões mais carentes, enquanto a ocorrência de infarto do miocárdio é proporcional em todas as classes sociais. O projeto do Atlas da Saúde teve como origem uma pesquisa sobre a incidência de AVC nas várias regiões da cidade.
A partir da divisão do município em grupos sócio-econômico-culturais, o Atlas apresenta uma série de mapas elaborados com base no cruzamento de informações fornecidas por bancos de dados, como, por exemplo, o de atestados de óbitos.
Os mapas oferecem informações como incidência de doenças crônicas e agudas de alta mortalidade, densidade populacional, e barreiras geográficas, números de estabelecimentos de saúde.
A radiografia da rede hospitalar municipal, com o mapeamento da área de abrangência, origem e destino dos pacientes atendidos é a grande novidade do Atlas. Essas informações permitem estabelecer quais são as características específicas de cada instituição e de seus usuários.
Segundo diretor executivo de Prática Médica do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos coordenadores do projeto, Miguel Cendoroglo Neto, "quanto mais se conhecem as necessidades e particularidades da população e das instituições hospitalares, mais fácil se torna a busca de alternativas que possam suprimir as carências, principalmente para o atendimento de casos emergenciais, como o AVC e infarto do miocárdio".
Outra novidade do Atlas da Saúde é o conjunto de informações sobre a distribuição e incidência dos tipos de câncer na população. O câncer de mama, por exemplo, é mais freqüente nas mulheres moradoras na periferia, e que estão na faixa etária na faixa de 30 a 44 anos. Já na faixa etária acima dos 44 anos, a doença é mais comum no Centro de São Paulo, onde está localizada a população mais idosa.
A Prefeitura, por intermédio da equipe técnica CEINFO - Centro de Epidemiologia e Informações da Secretaria Municipal de Saúde, contribuiu com o Atlas com as informações contidas em sua base de dados. O Hospital Albert Einstein foi responsável pelo processamento dessas informações.
![Apresentação do Atlas na sede da Prefeitura de São Paulo](https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/atlas_saude_200_1135116643.jpg)