Subprefeitura lacra agências de turismo no Brás

As agências clandestinas funcionavam nas ruas Paulo Afonso e Joaquim Nabuco e já tinham sido alvo de intimações e multas lavradas pela subprefeitura.

A Subprefeitura da Mooca lacrou, na manhã desta terça-feira (20/12), três estabelecimentos que vendiam irregularmente passagens de ônibus para várias localidades do Brasil.

As agências clandestinas funcionavam nas ruas Paulo Afonso e Joaquim Nabuco e já tinham sido alvo de intimações e multas lavradas pela subprefeitura, por falta de documentação necessária para o funcionamento. Além do lacre as casas foram multadas em mil reais e os responsáveis assinaram os Termos de Interdição e Infração.

Na Rua Joaquim Nabuco, nº 167, a Princetur – Transportadora Turística Limitada, vendia passagens para Alagoas, Pernambuco, Paraíba, entre outros destinos, com preços inferiores aos oferecidos pelas empresas legalmente estabelecidas na Rodoviária de São Paulo.

Segundo os irmãos Raimundo Nonato da Silva e João Maria da Silva, que haviam comprado passagens para Picos do Piauí, a 2.700 km de São Paulo, foram pagos 250 reais para cada viagem. Às 13h eles ainda aguardavam o embarque que estava previsto para as 11h.

Na mesma rua, a Better Turismo, outra falsa agência, que também não possuía licença de funcionamento recebeu o lacre.

A blitz prosseguiu até a rua Paulo Afonso, onde se podia comprar uma passagem para Caruaru a R$200, ao passo que nas empresas regulares o preço gira em torno de 270. A proprietária da Cida Turismo afirmou que já havia recebido orientações para regularizar o seu comércio antes de abrí-lo e que sabia que não podia continuar trabalhando, no entanto, não tinha tido tempo de resolver a ‘‘papelada’’.

Segundo o subprefeito da Mooca, as condições das agências são totalmente irregulares, e na próxima semana outras agencias deverão ser fechadas.

“A diferença de preço é mínima perante os riscos que a população enfrenta para essas viagens. Os ônibus são inadequados, não oferecem segurança ao passageiro, são veículos velhos, sem manutenção. Além disso, o trajeto é alternativo, onde estradas vicinais são usadas em detrimento das que estão em melhor estado”, afirma o subprefeito.