A Prefeitura de São Paulo decidiu estender ao período de férias escolares o Programa Leve Leite, que distribui leite em pó às crianças matriculadas nas creches e escolas da rede de ensino municipal.

O fim do desperdício de dinheiro público com o programa é que vai permitir a distribuição de leite mais vezes por ano: desde a criação do programa, a distribuição só ocorria no período de aulas.

A concorrência realizada pela Prefeitura na semana passada reduziu os preços para 2006 em 34% em relação aos praticados em 2005, o que permitiu aumentar o número de entregas. Cada quilo de leite em pó dissolvido produz 7,7 litros.

“A economia de R$ 40 milhões obtida no pregão do Leve Leite, na quinta-feira, permite distribuir leite em todas as férias escolares de 2006, a partir do mês que vem”, anunciou o prefeito, que lembrou sua missão de fazer mais e melhor com menos e ainda informou: “Mesmo com este gasto adicional, haverá economia de R$ 18 milhões para os cofres da Prefeitura, fora a economia com armazenamento e transporte do leite”.

Técnica e economia

Com a decisão técnica de dividir a licitação do Leve Leite em quatro lotes, a Prefeitura obteve real concorrência entre as sete empresas participantes do pregão presencial de quinta-feira passada, quebrou o monopólio sistematicamente criticado nas gestões anteriores, e baixou o preço do quilo do leite em pó em 34% – dos R$ 9,00, último preço pago em cumprimento ao contrato herdado da gestão passada, para R$ 5,94.

Resultado: o pregão presencial dos quatro lotes gerou uma economia de R$ 40 milhões, já que a compra do leite em pó para o ano que vem custará à Prefeitura R$ 90 milhões e a previsão de gasto era de R$ 130 milhões. Com esta economia, poderá haver o gasto adicional com o leite a ser distribuído nas férias escolares e ainda sobrarão R$ 18 milhões.

A nova técnica de licitação também garante à Prefeitura outro tipo de economia: a dos gastos com armazenamento e distribuição, encargos que eram do Departamento da Merenda Escolar (da Secretaria Municipal de Gestão).

Agora os fornecedores terão de entregar o leite diretamente às creches e escolas, num total de 1.800 pontos de distribuição, o que promoveu a diferenciação de preços do quilo do leite em pó em cada um dos quatro lotes da licitação.