São Paulo Aberta promove ‘Hackatona do Ônibus’ neste final de semana

Objetivo é melhorar a mobilidade urbana a partir da criação de ferramentas digitais

Desenvolvedores, jornalistas, designers e programadores trabalharão todo este final de semana com os dados da SPTrans em busca de soluções para as complexas dificuldades do sistema viário paulistano. A ação faz parte da programação da São Paulo Aberta, série de encontros sobre políticas públicas de participação social e transparência na cidade, promovida pela Controladoria Geral do Município (CGM) em parceria com outras cinco Secretarias Municipais.

Ao todo, 16 equipes, representando 54 pessoas, participam da “Hackatona do Ônibus”. O objetivo da criação de ferramentas é melhorar a mobilidade urbana, além de reforçar a divulgação de dados da atual gestão e estimular o desenvolvimento de aplicações que melhorem a prestação de serviços públicos.

“A Prefeitura de São Paulo enxerga a participação social como um elemento crucial para a gestão. E a transparência permite uma gestão mais eficiente. Na realização desta maratona, essa linha de pensamento se torna ainda mais evidente. Este encontro, algo inédito na capital paulista, representa a oportunidade destes grupos contribuírem com o município de uma maneira concreta”, avaliou o chefe de gabinete da SPTrans, Ciro Biderman..

Os participantes da Hackatona poderão usar como base para as ferramentas digitais os dados da SPTrans e uma lista de desafios, construída a partir das demandas e necessidades dos usuários de ônibus da capital. Entre eles, estão a demanda de passageiros por linha (qual o total de passageiros por veículo em cada uma das linhas da cidade e em quais áreas são encontradas superlotação), localização dos pontos de ônibus, velocidade dos ônibus (como calcular a velocidade de um ônibus de um ponto ao seguinte e o tempo de parada), entre outros.

São Paulo Aberta
Nos últimos dias, a São Paulo Aberta promoveu mesas de discussão sobre transparência e participação social, organizou painéis de experiências. As mesas de discussão serão compostas por cientistas e acadêmicos, representantes de movimentos sociais e organizações não governamentais, além de representantes do poder público.

A abertura do encontro aconteceu no dia 23, e contou com a participação do controlador-geral do Município, Mário Spinelli, do secretário Rogério Sottili (Direitos Humanos e Cidadania), de Sérgio Nogueira Seabra, secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria Geral da União (CGU), e de Diogo de Sant’Ana, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo Rogério Sotilli, a consolidação das iniciativas de participação popular é essencial para a construção de uma cidade mais democrática. “Reunimos representantes da sociedade civil, conselheiros de políticas públicas e o governo com o objetivo de construir um governo municipal que tenha a participação social como método de gestão. Um governo democrático é pautado pelo diálogo, pela descentralização e pela transparência”, afirmou Sotilli.

As iniciativas de governo aberto contribuem para a fiscalização das ações do poder público com a disponibilização de informações de forma clara e acessível. “O melhor mecanismo para prevenir a corrupção é a transparência, que permite o controle social”, defendeu Mário Spinelli, controlador-geral do Município.

Ao longo da São Paulo Aberta, foram realizadas as atividades de Café Hacker - projeto inovador criado pela CGM com o objetivo de melhorar a gestão pública ao abrir espaço para debates com desenvolvedores, jornalistas, designers e programadores -, e de Café com Proposta. O público pôde discutir melhorias para o Portal da Transparência e oferecer subsídios para a elaboração de diretrizes e propostas para a Política Municipal de Participação Social. Na sexta-feira (25), por exemplo, os temas discutidos giraram em torno da qualidade das informações disponíveis na área da Saúde e da elaboração de propostas e diretrizes para o Plano de Transparência Ativa de São Paulo.

Painéis de experiências, em que foram apresentados projetos e iniciativas de sucesso nas áreas de promoção de governo aberto, de participação social e de transparência e controle social, também fizeram parte da programação. Um dos projetos participantes foi o ‘Cuidando do Meu Bairro: Mapeando dinheiro do orçamento público’, do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da Universidade de São Paulo (GPopai-USP). O sistema na Internet oferece ferramentas para que a sociedade possa conhecer melhor a temática do orçamento público, exercer o controle e fiscalização dos gastos realizados em equipamentos públicos da cidade e promover ações concretas no seu bairro.

 

Um balanço completo sobre a São Paulo aberta será divulgado ainda nesta semana pela Controladoria Geral do Mujnicípio.