Controladoria Geral do Município incentiva a abertura de dados públicos

Município participou de Encontro de Dados Abertos em Brasília

Durante o 2º Encontro Nacional de Dados Abertos, realizado na última semana em Brasília, a Controladoria Geral do Município de São Paulo defendeu a disponibilização voluntária de informações como estratégia para prevenir atos de corrupção. A diretora de Fomento ao Controle Social da Coordenadoria de Promoção da Integridade (COPI), uma das quatro áreas estruturantes da CGM, participou do painel “Casos Locais”, ao lado de representantes de outros estados brasileiros. Acesse a apresentação de slides da CGM no Encontro.

“Parte importante do trabalho de combate e de prevenção da corrupção é justamente a transparência ativa de dados e informações. A CGM tem trabalhado com as Secretarias Municipais, autarquias e empresas prestadoras de serviços para que os dados sejam disponibilizados em formatos e padrões abertos, estimulado os cidadãos a participar desses processos”, afirmou Fernanda.

O 2º Encontro Nacional de Dados Abertos teve como objetivo aprofundar a discussão sobre dados abertos governamentais como uma política estratégica para modernização da gestão pública. Os trabalhos do painel “Casos Locais” tiveram a coordenação da professora Bernadette Lóscio, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma das responsáveis pela abertura dos dados governamentais da Prefeitura de Recife (PE).

A Controladoria Geral do Município é responsável pelo Portal da Transparência da Cidade de São Paulo, que reúne as contas do município. Em setembro, como parte da política de abertura de dados, uma nova ferramenta foi inaugurada visando permitir uma análise mais detalhada e compreensível das finanças pela população. Para o próximo ano, a CGM estuda ainda a reformulação do Portal, usando ferramentas livres e abertas.

Segundo Fernanda, a troca de experiências possibilitada pelo Encontro tende a fortalecer as políticas públicas de transparência no municípios brasileiros, inclusive em São Paulo. “A trilha de casos locais mostrou dezenas de iniciativas interessantes de abertura de dados nos municípios que podem ser replicadas. A preocupação de todos, que também é a nossa em São Paulo, é como fazer para municiar a sociedade de ferramentas para se apropriar dos dados públicos e democratizar esse acesso”, comentou.

Também participaram da mesa de debates Ricardo Matheus, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que falou sobre o trabalho com Big Data (grande volume de dados) que a administração carioca tem desenvolvido a partir da criação Pensa - Sala de Ideias; Juliana Foerngs, do Governo do Rio Grande do Sul, que apresentou os portais de transparência e acesso a informação que o estado desenvolveu; e o vereador paulistano José Police Neto, que falou sobre os desafios do acesso à informação no legislativo e como a transparência protege o tomador de decisão.