Quais os impactos da corrupção no desenvolvimento do país? O que é necessário para que a sociedade entenda que a corrupção não é um fenômeno cultural e passe a apoiar os esforços para combatê-la? Quais as mudanças institucionais necessárias para que seja possível reduzir a impunidade em relação aos chamados “crimes de colarinho branco”? Essas e outras questões foram abordadas pelo controlador geral do município, Mário Vinícius Spinelli, em entrevista concedida ao jornalista Adalberto Piotto na edição de agosto do programa Revista Fecomercio.

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Na entrevista, Spinelli faz um balanço do primeiro ano de atuação da Controladoria e destaca a autonomia dada pelo prefeito Fernando Haddad para a apuração de irregularidades na administração municipal.
 
Questionado sobre o caso dos fiscais do ISS-Habite-se, considerado um dos maiores escândalos da história do município, Spinelli critica a postura das empresas suspeitas de pagar propina a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda. “Como um esquema tão grandioso pôde perdurar por tanto tempo com a conivência de empresas que atuam no mercado da construção civil em São Paulo? Essas empresas tinham todas as condições de fazer chegar às autoridades que estavam sendo vítimas de uma máfia. Eu tenho indagado as construtoras: que vítimas são essas, que quando têm possibilidade de penalizar os seus algozes permanecem silentes? Vítima diz quando pagou, para quem pagou, quanto pagou e porque pagou”.

O Controlador também destacou a importância da regulamentação da Lei 12.846 – popularizada como Lei Anticorrupção – no município, falou sobre a criação da carreira de Auditor Municipal de Controle interno, que permitirá a ampliação da atuação da CGM-SP, e chamou a atenção sobre a necessidade de incluir o debate acerca do combate à corrupção na campanha eleitoral que se inicia.