Após turnê na Europa, Balé da Cidade estréia coreografias inéditas

Depois de se apresentar em quatro países da Europa, o Balé da Cidade volta ao Theatro Municipal com duas coreografias inéditas: Dicotomia, de Luiz Fernando Bongiovanni, e Khaos, de Maurício Oliveira. As apresentações ocorrem entre os dias 5 e 8.

Dicotomia é uma tentativa de incorporar conceitos filosóficos aos movimentos de dança, afirma Bongiovanni. “Acho que é um balé conceitual. Não se trata de uma história que eu estou contando.” A inspiração, explica, decorre da experiência como bailarino e de seus estudos no curso de Filosofia da USP.

A dicotomia do título está presente na coreografia: no espetáculo, o silêncio e a música lenta se alternam com sons intensos e movimentos duros dos 15 bailarinos. A sonoplastia e a composição cênica reforçam a idéia de dualidade.

Já Khaos trata da desordem e do caos individual, explica Maurício Oliveira. “Achei que seria interessante abordar a questão do caos de cada pessoa, evidenciando a maneira como as coisas se organizam em um momento e saem da ordem no outro”.

Os dançarinos de Khaos são maestros de si mesmos, afirma o coreógrafo. Assim, contorcem o corpo como se motivados por alguma tentativa mental de “organizar aquela desestruturação física que fica evidente”. E, com ajuda de bastões, parecem querer consertar algo fora de lugar em seus corpos.

Serviço: Theatro Municipal de São Paulo. Centro. De 5 a 8. 5ª a sáb., 21h. Dom., 17h. De R$ 10 a R$ 15.