Tempo de rock

Em 13 de julho de 1985, bandas como U2 e INXS participaram de um festival que arrecadava dinheiro para as vítimas da fome na Etiópia. O evento, que aconteceu simultaneamente na Inglaterra e nos Estados Unidos, acabaria por marcar a década e, desde então, a data passou a ser celebrada em todo o mundo como o Dia do Rock.

Para acompanhar as comemorações, que costumam se estender por todo o mês, o Centro Cultural São Paulo programou uma série de 13 shows. Em um encontro de vertentes e sonoridades do gênero, os veteranos Garotos Podres e Inocentes se apresentam ao lado de destaques da cena alternativa, como o Ludov.

Primeiro vocalista do Made in Brazil e conhecido como “lenda do rock”, Percy Weiss abre, ao lado de sua banda, a maratona que começa dia 1º e segue até dia 29.

“Rock não é apenas música, mas comportamento, estilo de vida”, defende Clemente, vocalista e guitarrista dos Inocentes. “Para nós, todo dia é dia de rock, essa é a nossa maneira de ver o mundo”. A banda, que surgiu em meio à explosão do movimento punk, pretende tocar sucessos dos mais de 25 anos de trajetória.

Baixista da Garotos Podres, Sukata vê na música o meio para algumas transformações. “O rock pode ser visto como a catalisação sonora de um espírito de indignação e de uma nova proposta de relação social”, diz ele, que concilia à vida de roqueiro a carreira de advogado.

“Nenhuma definição melhor para o gênero do que a música Minha vida é o rock’n roll, da histórica Made in Brazil”, defende Paulão de Carvalho, guitarrista do Velhas Virgens. Com
mais de 150 mil discos vendidos e duas décadas de carreira, o Velhas encerra a seqüência de
shows dia 29, às 18h, apresentando as faixas do novo álbum, Cubanajarra.

Durante o mês, Mind Flow, Tuatha de Danan, Wander Wildner, Arsênico, 365, Wonkavision, Cérebro Eletrônico e Cobra Criada também devem passar pelo palco da Sala Adoniran Barbosa.

Veja a programação no site do Centro Cultural São Paulo .