Abordando temas de uma civilização com história e costumes peculiares, a indústria cinematográfica japonesa revelou nomes de diretores que se tornaram referência também no Ocidente, como Kenji Mizoguchi (1898-1956) e Yasujiro Ozu (1903-1963). Para fazer um paralelo entre os estilos adotados por esses cineastas, o Centro Cultural São Paulo apresenta, de 14 a 23, uma seleção de seus filmes.

Com uma produção que inclui cerca de 90 títulos, Mizoguchi retratou questões polêmicas, como a posição marginal das mulheres na conservadora sociedade japonesa. O filme Oharu – A vida de uma cortesã (1952), que conta a história da decadência de uma dama da corte do imperador, recebeu o Leão de Prata no Festival de Veneza, contribuindo decisivamente para a difusão do cinema oriental.

O cotidiano da classe média japonesa é um dos temas recorrentes na obra de Ozu, cineasta que, ao longo de três décadas, dirigiu mais de 50 filmes. Segundo seu ex-assistente Kiju Yoshida, que esteve no Brasil em 2003, o estilo de enquadramento desenvolvido pelo mestre se tornou parâmetro para o cinema em seu país “São filmes que mostram uma repetição de planos-seqüência que realçam a grandiosidade dos pequenos detalhes do dia-a-dia”, afirma.

Serviço: Centro Cultural São Paulo. Sala Lima Barreto. Rua Vergueiro, 1.000 - Centro. Tel.: 3383-3400. Grátis

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