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“Século sinistro”, último álbum do Ratos de Porão, foi eleito pela Revista
Rolling Stone Brasil um dos dez melhores discos nacionais de 2014
(Foto: Wander Willian)
Rolling Stone Brasil um dos dez melhores discos nacionais de 2014
(Foto: Wander Willian)
Por Luísa Bittencourt
Surgida no início da década de 1980, a banda Ratos de Porão, ao lado de grupos como Inocentes, Olho Seco, Fogo Cruzado e Cólera, marcou o surgimento da cena punk no Brasil e influenciou diversas gerações até os dias de hoje. Formada atualmente por João Gordo, Jão, Boka e Juninho, a banda de hardcore/crossover integra a programação do Circuito Municipal de Cultura com três shows gratuitos: dia 21 de fevereiro, no Teatro Alfredo Mesquita; dia 25 de março, no Martins Penna; e dia 2 de abril, na Casa de Cultura Raul Seixas.
Pelo menos uma vez ao ano, o grupo sai em turnê internacional, onde conta com um público cativo em apresentações lotadas. De acordo com o baterista Boka, desde 1991, época em que entrou no Ratos, a banda já realizou cerca de 40 turnês, chegando a duas por ano com até 40 shows cada. “Hoje, como todo mundo está mais velho, fazemos menos shows em uma tour. Mas sempre pensamos: o que vamos fazer pra todo mundo achar legal?”, conta. No Brasil, as apresentações sempre foram constantes, mesmo em períodos em que a banda não lançava algo novo. “Por aqui, procuramos dar o melhor que a gente pode. Somos uma banda independente que faz disco quando bate inspiração, não trabalha com pressão de gravadora. A gente faz material novo quando estiver a fim”, afirma.
O último álbum, “Século sinistro”, foi eleito pela Revista Rolling Stone Brasil um dos dez melhores discos nacionais de 2014 e traz, não só um diálogo com o momento político brasileiro, mas também a sintonia e a boa fase que o grupo vive. “Hoje atingimos o que a gente sempre batalhou, uma cena mais profissionalizante, mais atuante, com mais oportunidades. Nos anos 80, não tinha estúdio pra ensaiar. O acesso hoje a instrumentos é maior, assim como a facilidade de gravar, lançar discos e fazer shows.”
Segundo Boka, o repertório de cada show é variado e tenta abarcar os diferentes momentos da banda, já que esta tem fãs de diferentes épocas. “Às vezes, a gente vê que tem um público mais velho e, de repente, surge uma molecadinha. A gente consegue ir renovando o público também por causa do estilo de música que a gente faz. O punk e o metal são pra sempre, não têm idade, sempre vai ter fã”, conclui.
Serviço: | 90 min. +14
| Teatro Municipal Alfredo Mesquita. Av. Santos Dumont, 1.770, Santana. Zona Norte. Tel. 2221-3657. Dia 21/02, 19h. Grátis (retirar senha a partir das 14h).
| Teatro Martins Penna - Centro Cultural da Penha. Largo do Rosário, 20, Penha. Próximo do Shopping Penha. Zona Leste. Tel. 2295-0401. Dia 25/03, 20h
| Casa de Cultura Raul Seixas (Parque Raul Seixas). R. Murmúrios da Tarde, 211, Cohab 2 José Bonifácio - Itaquera. Zona Leste. Tel. 2521-6411. Dia 2/04, 21h.
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