Centro Cultural da Juventude recebe oficinas que exploram o Teatro Físico

A atriz e preparadora corporal Natália Coehl ministra aulas entre os dias 29 de fevereiro e 17 de abril


O principal objetivo do Teatro Físico é explorar a convivência em grupo,
assim como processos criativos e percepções físicas e espaciais (Foto: Divulgação)
 

Por Letícia Andrade

Teatralidade e corporeidade se misturam no instante em que o corpo do ator se torna o protagonista da cena. A visualidade dos gestos é compreensível pelo imaginário coletivo por meio do Teatro Físico, termo que surgiu na Inglaterra na década de 1970. O método é explorado pela atriz e preparadora corporal Natália Coehl nas oficinas que acontecem entre os dias 29 de fevereiro e 17 de abril, no Centro Cultural da Juventude (CCJ).

As aulas são abertas para todos os interessados e não é necessário ter experiência prévia com o método. O principal objetivo do Teatro Físico é explorar a convivência em grupo, assim como processos criativos e percepções físicas e espaciais. Para compor todas as potencialidades do corpo, a oficina utiliza técnicas e jogos de expressão no início do treinamento físico.

“Tudo é bem prático, estamos todo o tempo em processo criativo. Primeiro, trabalhamos as potências de cada um, brincando com as improvisações. Depois, partimos para a expressão”, explica Natália. Segundo ela, por meio dos exercícios, o corpo passa por vários estágios que resgatam experiências corporais anteriores.

Por isso, a ideia é que haja uma troca entre os participantes e a professora.  “Quando você pratica uma coisa, aquilo fica mapeado no seu corpo. Em outro trabalho que for fazer, já vai conseguir lembrar. A oficina ajuda a chegar a algumas emoções”, comenta. “Existem sete níveis de tensões musculares. Se uma pessoa está altiva, posso pedir um deles”, exemplifica.

Dessa forma, é possível desenvolver em cena movimentos e gestos como mímicas, acrobacias e dança. Um dos exercícios comumente explorados é a “criação do silêncio”, que consiste na criação dramatúrgica sem o uso da oralidade. “Maior é o processo do ato de criar, não a cena em si. Isso estimula o participante a sair da questão da palavra. É um processo muito difícil, porque as pessoas querem falar, mas a forma de se expressar é o corpo”, completa.

Serviço: Centro Cultural da Juventude – espaço sarau. Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Próximo do Terminal de Ônibus Cachoeirinha. Zona Norte. | tel. 3984-2466. De 29/2 a 17/3. 5ª, das 14h às 17h. +14. Grátis (não é necessário fazer inscrição).