Peça enfoca a relação entre Mário de Andrade e sua máquina de escrever

Cia. do Feijão apresenta “Manuela” nas Casas de Cultura São Miguel Paulista e Campo Limpo, dias 19 e 26, respectivamente

 A relação secreta entre um pensador e seu instrumento de trabalho nem sempre chega ao conhecimento do público que admira sua obra. Para tentar desvendar o convívio que envolvia Mário de Andrade e sua máquina de escrever, testemunha silenciosa – exceto pelos sons monocórdios do teclado– e que deu vida às criações geniais do poeta, escritor e folclorista, a Cia. do Feijão traz para o Circuito Municipal de Cultura 2016 seu mais recente espetáculo, “Manuela”.

Encenada em março em duas Casas de Cultura, de São Miguel Paulista e do Campo Limpo, e em outros espaços nos próximos meses, a peça é interpretada por Vera Lamy e mostra um inusitado monólogo em que a protagonista é a própria máquina de escrever. Companheira inseparável do poeta, esta recebeu o nome em uma referência carinhosa ao amigo e também escritor Manuel Bandeira.

O espetáculo conta com acompanhamento musical ao vivo de Lincoln Antonio, que toca piano, zabumba e maracá na interpretação de uma trilha sonora autoral, além de obras de Villa-Lobos e Ernesto Nazareth, compositores brasileiros admirados por Mário.

Por Carolina Bressane

Serviço: +14 anos. Casa de Cultura São Miguel Paulista – Antonio Marcos. R. Irineu Bonardi, 169, Vila Pedroso – São Miguel Paulista. Zona Leste. Tel. 2297-9177. Dia 19, 15h
| Casa de Cultura Campo Limpo – Nathalia Rosemburg. R. Aroldo Azevedo, 100 – Campo Limpo. Zona Sul. Tel. 5841-8164. Dia 26, 19h. Grátis