Era uma vez a princesa de um reino encantado que se preparava para se casar com um príncipe do reino vizinho. Este começo de conto de fadas todo mundo conhece, porém, “A princesa e a costureira” se desenrola de uma maneira diferente, já que a protagonista se apaixona pela costureira que está fazendo seu vestido de noiva. A partir daí, o público passa a ter contato com um tema pouco explorado no universo infantil: a questão LGBT.

Os atores Erika Coracini, Marcio Ribeiro e Mariana Sancar convidam os espectadores a se colocarem no lugar de seus personagens ao apresentar a trama à plateia. Segundo Erika, que também produz a peça, o espetáculo passa a mensagem de que “o amor é sempre bonito, você não o escolhe, você sente”. Ela também ressalta a importância de abordar a temática LGBT para as crianças, ainda um tema tabu, e em sua opinião ”muito premente e urgente”.

Abraçando a discussão, o Centro Cultural São Paulo também promove, no dia 19, o encontro “Arte&sexualidade a partir do teatro infantil”, mediado pela dramaturga Solange Dias. Neste evento, profissionais ligados ao teatro infantil dimensionarão a responsabilidade e o respeito que se deve ter pela criança ao se tratar de assuntos delicados, mas que devem ser conversados para ajudá-la a entender as nuances e particularidades relacionadas ao tema.

Em contrapartida às histórias de princesas que sempre acabam com felizes para sempre, o espetáculo “A princesa e a costureira”, baseado no livro homônimo de Janaína Leslão, propõe um final “felizes sempre que possível”.

Por Carolina Bressane