Uma das mulheres mais importantes da história contemporânea, a filósofa e economista revolucionária Rosa Luxemburgo, terá sua trajetória contada pelo espetáculo “Ròzá”, criado pelo coletivo de mesmo nome, em cartaz até o dia 19 de novembro, na Praça das Artes. No dia 9, o coletivo promove o bate-papo “Bruxas: lutas, criações e subversões”, com convidadas de múltiplas esferas de criação, como artistas, militantes e pensadoras. Dentre elas estão: Carolina Bianchi, Lilith Cristina, Marcela Reis, Inaê Lima, Sofia Nestrovski e Alana Moraes.

Concebido a partir das cartas escritas por ela, que, em boa parte, são inéditas no teatro, a peça multimídia conta episódios da vida da militante, desde a sua prisão na Alemanha, no início do século XX, até o seu assassinato, após assumir a linha de frente da Revolução Alemã, em 1919. A dramaturgia de Martha Kiss Perrone, interpretada por três atrizes, convida o público a mergulhar no espaço-instalação, que reproduz a prisão alemã, em que as mulheres irão compartilhar suas histórias, contrastando os fatos daquele período com o mundo contemporâneo. O nome do espetáculo é inspirado na grafia original do nome da militante: Ró?a Luksemburg.

Considerada uma figura singular também em sua época, Rosa se tornou um ícone não só pelos seus ideais políticos e revolucionários contra regimes opressores, mas por ter incorporado a luta pelos direitos das mulheres. Em seus livros, Luxemburgo relatou o quão árduo foi construir a sua imagem e a sua autonomia como mulher independente, na sociedade da época. Sua luta para romper com a imagem imposta a todas as mulheres, de se manterem em patamares inferiores, foi uma conquista tanto para Rosa Luxemburgo, quanto para todas as mulheres que foram e são impulsionadas por seu legado.