Exposição no CCSP celebra grandes personalidades britânicas

Integrando o 21º Cultura Inglesa Festival, “Great People of Britain: É Brit, é Pop, é Cult, é Great!” fica em cartaz entre 27 de maio e 18 de junho

É fato que o Reino Unido exportou alguns dos maiores fenômenos da música pop mundial hoje, como Adele e Ed Sheeran. A primeira foi a artista que mais vendeu discos em 2016, enquanto Sheeran emplacou duas músicas no topo das paradas britânicas de uma só vez em 2017 – no resto do mundo, o desempenho de Shape of You e Castle on The Hill também foi invejável, sendo que a primeira se manteve no topo da parada mais importante dos Estados Unidos, o Hot 100 da Billboard, por 12 semanas consecutivas.

Tanto Sheeran quanto Adele estão retratados na exposição “Great People of Britain: É Brit, é Pop, é Cult, é Great!”, que apresenta um panorama em fotos e vídeos de grandes personalidades britânicas, com foco em pessoas ainda em atividade. Integrando o 21º Cultura Inglesa Festival, a exposição fica em cartaz entre 27 de maio e 18 de junho, no Piso Flávio de Carvalho do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e tem entrada gratuita.

A exposição é dividida em quatro eixos temáticos: cultura jovem e fenômenos midiáticos; humor e crítica social; arte, transgressão e diversidade; e ficção, tecnologia e evolução. Segundo o curador Juliano Gentile, o primeiro tema é o que se sobressai. “Nos anos 1960, a Inglaterra saiu de um contexto de pós-guerra para se tornar um pólo difusor de cultura pop, e se mantém assim até hoje”, explica, citando o fenômeno dos The Beatles, na música, e o agente 007, criado por Ian Fleming na literatura e que sobrevive até hoje no cinema. “É um país que convive bem com a tradição e a modernidade”, sintetiza.

Apesar do foco em personalidades contemporâneas, a exposição não deixa de lado figuras históricas importantes, buscando as influências e os precursores dos artistas representados. Estão retratados, por exemplo, os escritores George Orwell (“1984”) e Aldous Huxley (“Admirável Mundo Novo”), que influenciaram a série de TV “Black Mirror”. “É curioso que Orwell é tão atual que as vendas de livros como ‘A Revolução dos Bichos’ aumentaram consideravelmente depois da posse de Donald Trump”, comenta Gentile.

Entre as personalidades em atividade retratadas na exposição, o curador destaca o veterano grafiteiro Banksy e o cantor de soul Michael Kiwanuka, este considerado por muitos “o novo Marvin Gaye”, segundo Gentile. Com o seu segundo álbum, “Love and Hate” lançado em 2016, Kiwanuka já abriu shows para Adele e interpreta “Cold Little Heart”, canção de abertura da série da HBO “Big Little Lies”.

Para ilustrar o eixo temático “ficção, tecnologia e evolução”, a exposição criou uma instalação em que o público interage com um computador sem tocar na tela, por meio de sensores de movimento. “É um ambiente futurista, que lembra o filme Minority Report”, afirma Gentile, em referência ao longa-metragem se Stephen Spielberg.

A exposição também contará com uma biblioteca itinerante, trazendo livros de autores ingleses. Chamada de Bike Book, a iniciativa ficará no CCSP durante todo o período da exposição, exceto aos domingos.

Por Gabriel Fabri