Com a proximidade da realização dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio de Janeiro (RJ), a 21ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade preparou uma seleção especial de filmes que dialogam com o evento. A partir de 8 de abril, o Cine Olido exibe o ciclo Documentários Olímpicos Brasileiros, com nove títulos: dois médias-metragens, um longa e dois programas de curtas. As exibições integram o Circuito Spcine de Cinema.

Para o diretor e fundador do É Tudo Verdade, Amir Labaki, os filmes escolhidos têm em comum uma perspectiva brasileira da experiência olímpica. “São títulos que ajudam a preencher a lacuna do pouco explorado campo do documentário esportivo no Brasil”, completa. Todas as produções exibidas são recentes e foram feitas a partir de 2012. “As Olimpíadas no Rio, as primeiras na América do Sul, catalisaram uma safra de maneira inédita”, explica Labaki.

O diretor do Festival acredita que as obras selecionadas também contribuem para refletir a respeito da realização do megaevento esportivo no Brasil. “De um lado, os filmes reafirmam o empenho marcadamente individual nos triunfos nacionais na história dos Jogos Olímpicos”, explica. “De outro, há títulos que abordam precisa e criticamente o impacto das obras realizadas. Assim, discute-se tanto o lado esportivo quanto o social”.

Labaki cita, como exemplo dessa abordagem crítica, o média-metragem “Se essa Vila não Fosse Minha”, de Felipe Pena, que fala sobre a remoção das famílias da Vila Autódromo (Zona Oeste do Rio de Janeiro), para a construção do Parque Olímpico. A exibição acontece no dia 10 e é seguida de debate com o diretor do filme.

Abrindo o ciclo de documentários no Cine Olido, no dia 8, o média-metragem “México 1968 – A Última Olimpíada Livre”, de Ugo Giorgetti, retrata a primeira Olimpíada realizada na América Latina. Outro destaque é o longa-metragem “Ouro, Suor e Lágrima”, de Helena Sroulevich, que fala sobre as conquistas das seleções brasileiras de voleibol e é exibido dia 9.

Além do Cine Olido, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) e mais quatro CEUs recebem sessões do festival É Tudo Verdade, integrando o Circuito Spcine de Cinema. Os CEUs Butantã, Jaçanã, Meninos e Quinta do Sol exibem “Cidade Cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo, e “Premê – Quase Lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes. Já o CCSP recebe uma programação variada.

| Gabriel Fabri
Confira a programação completa no site: http://etudoverdade.com.br/br/pag/CircuitoSpcine