Centro Cultural São Paulo exibe mostra de animação japonesa

“Totalmente Animê: Um panorama moderno da animação japonesa” acontece entre os dias 2 e 6 de agosto

Pensando no universo da cultura nipônica que ganhou muitos fãs por meio dos personagens que se tornaram ídolos em todo o mundo, a mostra “Totalmente animê: Um panorama moderno da animação japonesa” exibe, entre os dias 2 e 6 de agosto, títulos e diretores contemporâneos, no Centro Cultural São Paulo.

Elemento pop da cultura geek, o animê é um termo usado, no Japão, para todas as animações, diferentemente do mundo ocidental que o definiu, popularmente, como qualquer desenho japonês, transformando-o em um gênero específico desse país. Essa forma de fazer arte por meio de desenhos animados com personagens de olhos grandes, gráficos supercoloridos e temática fantástica, se transformou em um ícone de uma cultura #underground#, pois não há muito espaço para ela no mercado cinematográfico comercial. Essas animações, em sua maioria, viraram produto cultural televisivo, com exceção de algumas obras realizadas pelo famoso Estúdio Ghibli e títulos de grande sucesso, como “Naruto” e “One piece”.

A mostra procura, justamente, desconstruir essa teoria e trazer para o circuito comercial animês de qualidade. Um dos destaques é o filme “A viagem para Agartha”, de Makoto Shinkai, que mescla aventura e drama, explorando as relações que se estabelecem entre a saudade e a perda. A história traz questionamentos sobre os momentos de despedida e como os personagens lidam com essas rupturas.

Já a produção “Patema invertida”, de Yasuhiro Yoshiura, é uma obra no gênero da ficção científica que explora o novo e o desconhecido em dois mundos diferentes e paralelos, criados por meio da gravidade invertida. Com cenários realistas, o diretor questiona o sistema rígido no qual os japoneses vivem e a falta de liberdade e privacidade que lhes são impostas.
Pensando em produções que testam os limites do fantástico e da arte, a programação também exibe títulos como “Berserk - A era de ouro 1: O ovo do grande rei”, de Toshiyuki Kubooka, a aventura “Um conto de coragem”, de Kôichi Chigira, e “Cencoroll” , de Atsuya Uki.

Por Bruna Pinheiro