Após uma década sem filmar, o cineasta holandês Paul Verhoeven, responsável por clássicos como “Instinto Selvagem” e “Showgirls”, retornou aos holofotes em 2016 com o que talvez seja o longa-metragem mais ousado de sua carreira. Exibido no Festival de Cannes, “Elle” foi consagrado no Globo de Ouro, prêmio da imprensa de Hollywood, como Melhor Filme Estrangeiro, e a francesa Isabelle Huppert foi premiada como Melhor Atriz, desbancando nomes como Meryl Streep e Natalie Portman. Enquanto “Elle” segue na corrida do Oscar, premiação a qual Huppert foi indicada pelo papel, Verhoeven ganha uma retrospectiva no Centro Cultural São Paulo (CCSP), com entrada franca.

Entre 1º e 10 de fevereiro, a mostra “Paul Verhoeven: Entre os excessos do corpo e da consciência” reúne oito filmes do cineasta na Sala Spcine Lima Barreto. São exibidos alguns das mais consagradas obras da fase europeia do diretor, como “Sem Controle” (1980) e “O Quarto Homem” (1983); longas-metragens do período hollywoodiano de Verhoeven, como “O Vingador do Futuro” (1990) e “Instinto Selvagem” (1992); e, o retorno à etapa europeia, com “A Espíã” (2006), drama sobre uma judia que deveria espionar um soldado alemão em plena II Guerra, mas se apaixona por ele.

Além dos filmes que integram a mostra, dois longas-metragens de Verhoeven são exibidos no dia 5 no CCSP, como parte do projeto Cine Phenomena, focado em filmes de fantasia, horror e ficção. São exibidos “Robocop” (1987) e “Tropas Estelares” (1997), ambos da fase estadunidense do diretor. Os ingressos para esse evento custam entre 4 e 8 reais.

Por Gabriel Fabri