São Paulo Companhia de Dança encena três peças de seu repertório

O Grand Pas de Deux de “Dom Quixote”, “Mamihlapinatapai” e “Pivô” se alternam no programa que chega, este mês, a três espaços culturais

 Com o objetivo de levar seu trabalho a um público cada vez mais diversificado, promovendo a formação de plateia em dança clássica e contemporânea, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), dirigida por Inês Bogéa, apresenta espetáculos entre os dias 13 e 27 de maio, no Centro Cultural do Grajaú e nos teatros Zanoni Ferrite
E Leopoldo Fróes. A programação escolhida reúne três peças de seu repertório: o Grand Pas de Deux de “Dom Quixote”, “Pivô” e “Mamihlapinatapai”.

Com técnica de balé clássico, a primeira mostra o casamento de Kitri e Basílio, protagonistas do “Dom Quixote” coreografado por Marius Petipa, em 1869, para o Balé Imperial da Rússia. Com música de Leon Minkus, o espetáculo é livremente baseado na obra de Miguel de Cervantes e narra as aventuras do barbeiro Basílio às voltas com seu amor por Kitri, filha do taberneiro que se opõe a essa união. Os personagens Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança permeiam a história. A coreografia faz parte do repertório da SPCD desde 2012.

Já “Pivô” é um trabalho criado para a companhia, em 2016, por Fabiano Lima. Para conceber a obra, o coreógrafo usou referências da dança contemporânea, do hip-hop e do basquete. Com música extraída da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, entre outras composições, a peça traz para a cena um ambiente brasileiro com sonoridades conhecidas. “É uma coreografia de troca e percepção para entendermos como essa dança passa de um corpo para o outro. Gosto de trabalhar com elementos cênicos, eles dão identidade ao meu trabalho”, afirma Lima.

Lançada pela SPCD em 2012, “Mamihlapinatapai”, de Jomar Mesquita, com colaboração de Rodrigo de Castro, trata da relação de desejo entre homem e mulher. Um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma querendo que a outra tome a iniciativa para que algo aconteça, mas nenhuma delas age. Este é o significado de “mamihlapinatapai”, palavra indígena originária da língua yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo. O coreógrafo utilizou elementos desconstruídos da dança de salão para criar a peça que tem, na trilha sonora, canções interpretadas por Marina de La Riva, Cartola e outros nomes da música brasileira.

Por Luiz Quesada

Serviço:
| Centro Cultural do Grajaú – Palhaço Carequinha (hall/calçadão). R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252 - Capela do Socorro. Zona Sul. Tel.: 5925-4943. Espetáculos: “Pivô” e “Mamihlapinatapai”. Dia 13, 16h

| Teatro Municipal Zanoni Ferrite (Centro Cultural Vila Formosa). Av. Renata, 163, Vila Formosa. Zona Leste. Tel.: 2216-1520. Espetáculos: Grand Pas de Deux de “Dom Quixote”, “Pivô” e Mamihlapinatapai”. Dia 14, 19h

| Teatro Municipal Leopoldo Fróes (Centro Cultural de Santo Amaro). Rua Antonio Bandeira, 114, Santo Amaro. Zona Sul. Tel.: 5541 7057. Espetáculos: Grand Pas de Deux de “Dom Quixote”, “Pivô” e “Mamihlapinatapai”. Dia 27, 19h30

| Grátis